A cidade saudita de Jeddah acolhe neste sábado a Conferência de Apoio aos Deslocados Internos e Refugiados das Regiões do Sahel e da Bacia do Lago Chade.
Mais de 7,5 milhões de desalojados estão concentrados somente na região africana do Sahel, incluindo 2 milhões de refugiados.
Entrega de alimentos e cuidados de saúde
Numa realidade em que 30 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária, as Nações Unidas atuam junto a governos e comunidades para fornecer alimentos, cuidados de saúde, educação e abrigo.
O secretário-geral, António Guterres, enviou um vídeo aos participantes da conferência organizada pela Arábia Saudita e pela Organização de Cooperação Islâmica ressaltando o potencial cultural, ambiente jovem e possibilidades de gerar energia renovável pelo desenvolvimento sustentável.
A proposta do líder da ONU é que a comunidade internacional renove sua determinação em fornecer ajuda “para abrir caminho para um futuro mais seguro, próspero e digno para o povo do Sahel e do Lago Chade”.
Cheias com impacto em 5 milhões de pessoas
Entre os desafios da região, o secretário-geral apontou a violência, o terrorismo e a crise climática. Este ano, foram observadas inundações que afetaram 5 milhões de pessoas.
Guterres disse ainda que tanto no Sahel como no Lago Chade ocorrem crises de fome, de esperança e de deslocamento.
O secretário-geral declarou que é preciso aumentar o apoio internacional para que os planos de resposta sejam financiados em cerca de 40%.
Esse nível de contribuição visa salvar vidas e os meios de subsistência de forma mais profunda, além de ajudar a financiar os planos de resposta.
Adaptação ao clima e promoção da paz
Para Guterres, a ação deve ir além da ajuda e enfrentar as causas subjacentes da crise, tais como pobreza, desigualdade, particularmente entre mulheres e meninas, e ainda a adaptação às mudanças climáticas e promoção da paz e da democracia.
Guterres ressaltou que acompanhando a atuação humanitária, as partes em conflito devem ser influenciadas a acabar com confrontos, proteger os civis e garantir acesso total de ajuda.
Para o chefe das Nações Unidas, a organização está pronta para trabalhar com comunidades, países, parceiros humanitários, bancos multilaterais de desenvolvimento e fundos internacionais para promover mudanças.