Desenvolvida pela Treyarch, a série Call of Duty: Black Ops virou uma das favoritas dos fãs desde o lançamento de seu primeiro capítulo em 2010. Além de ser um ótimo jogo de ação em primeira pessoa com um multiplayer viciante, ele chamou a atenção por sua história intrigante repleta de traições e reviravoltas.
A cada novo capítulo lançado desde então, a desenvolvedora foi cada vez mais longe na sua trama, brincando com manipulações psicológicas e futuros alternativos. Em Black Ops 6, que chegou às lojas no dia 25 de outubro, isso não é diferente. O novo capítulo nos leva a uma versão alternativa de 1991 e está disposto a mostrar que aquilo que conhecemos nem sempre é a realidade verdadeira.
Caso essa seja sua primeira experiência com a série, ou faça um bom tempo que não joga as histórias anteriores, não se preocupe. Criamos um guia rápido para que você possa se lembrar dos principais acontecimentos e personagens do passado, ficando pronto para a campanha de Call of Duty: Black Ops 6 assim que colocar suas mãos no game.
Call of Duty: Black Ops começa nos anos 1960
Para entender a história de Call of Duty: Black Ops é preciso voltar para o ano de 1961, quando a Operação 40 é conduzida pelos sargentos Frank Woods, Alex Mason e Joseph Bowman. Ela acontece durante a invasão da Baia dos Porcos, em Cuba, e tem como objetivo matar Fidel Castro, líder dos revolucionários que tomaram a ilha.
A série Call of Duty: Black Ops começa nos anos 1960Fonte: Divulgação/Activision
Embora eles acreditem que foram bem-sucedidos, na verdade eles acabaram matando um dublê de corpo. Ao iniciar uma fuga desesperada do local em que não estão em caráter oficial, Alex acaba sendo capturado pelos agentes russos Nikita Dragovich e Lev Kravchenko, que estão trabalhando com Castro.
Ele acaba sendo enviado para a prisão de Vorkuta, onde se encontra com Viktor Reznov, um membro do exército russo que apareceu pela primeira vez na franquia em Call of Duty: World at War. O agente secreto americano vira alvo dos experimentos do cientista alemão Friedrich Steiner, que usa o Programa Números para fazer uma lavagem cerebral nele.
O objetivo final é transformá-lo em um “agente adormecido” a serviço da Rússia, que não teria consciência de seu verdadeiro objetivo, que é matar o presidente John F. Kennedy. No entanto, Reznov tem outros planos: ele também manipula a mente de Alex, mas faz com que sua missão real seja caçar e matar Dragovich, Kravchenko e Steiner.
Alex e Reznov conseguem escapar durante uma revolta em Vorkuta, mas acabam sendo separados. De volta à casa, o agente secreto norte-americano é autorizado pelo presidente Kennedy a partir em uma nova missão com o objetivo de matar Dragovich, que quer usar a arma química Nova 6, desenvolvida em parceria com Friedrich Steiner, para destruir os Estados Unidos — em sua reunião com o presidente, o agente consegue resistir à lavagem cerebral que causa nele impulsos violentos contra o líder da nação.
Os agentes vão ao Vietnã
Reunido com Woods e Bowman, Alex é enviado para o Vietnã em busca de Dragovich e Kravchenko, mas o trio é capturado — e Bowman acaba sendo morto em ação. Os demais agentes sobrevivem e fogem, iniciando uma breve caçada contra Kravchenko que resulta na morte explosiva do coronel russo.
O primeiro game da série também leva os protagonistas ao VietnãFonte: Divulgação/Activision
Conforme a narrativa progride, Alex fica cada vez mais paranoico e começa a ter alucinações nas quais interage com Reznov, que passa a guiar seus passos. O agente inclusive acredita que foi o russo o responsável por matar Steiner, só percebendo depois que foi ele próprio o responsável por massacrar seus inimigos.
Nos momentos finais de Call of Duty: Black Ops, vemos o personagem sendo interrogado por Jason Hudson, um agente da CIA que quer descobrir mais sobre o Projeto Números. Já ao jogador, cabe controlar o soldado na missão “Redemption”, na qual ele encerra uma transmissão que vai ativar outros agentes dormentes ao redor do mundo e finalmente consegue matar Dragovich.
Call of Duty: Black Ops e o auge da Guerra Fria
No segundo capítulo cronológico da série, Cold War, a história dá um salto de 13 anos e mostra Alex Mason, Frank Woods e Jason Hudson unindo forças em uma nova missão. Com a ajuda do personagem com codinome “Bell”, eles precisam desvendar um novo plano terrorista que coloca em risco todas as partes do mundo.
O principal adversário do jogo é Perseus, um espião russo líder de uma organização secreta que está agindo desde o final da Segunda Guerra Mundial. Ele colaborou com o responsável pela Crise de Reféns Iraniana de 1979, e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, decide que eliminá-lo por qualquer meio possível é uma prioridade.
Para essa missão, Russel Adler, um Agente Especial Clandestino da CIA que está trabalhando com Mason e Woods, convoca os agentes de campo Helen Park, Lawrence Sims e Lazar Azoulay. Não demora muito e eles descobrem que Perseus sabe da Operação Greenlight, na qual a CIA instalou bombas de nêutrons nas principais cidades europeias como uma contingência em caso de invasão russa.
A intenção do terrorista, que obteve um dos explosivos, é decriptografar seus códigos de proteção para que ele possa acionar remotamente todas as demais bombas espalhadas pelo velho continente. Após quase capturá-lo em Cuba, Adler e Bell veem o vilão escapando com os códigos, que pretende usar para colocar os Estados Unidos contra seus aliados.
Black Ops: Cold War coloca os protagonistas contra um misterioso terroristaFonte: Divulgação/Activision
Para descobrir o novo paradeiro de Perseus, Adler começa a administrar drogas em Bell com o objetivo de destravar suas memórias escondidas. Os jogadores descobrem que ele nunca serviu na Guerra do Vietnã, conforme foi apresentado inicialmente, mas era na verdade um agente especial que esteve envolvido no primeiro grande ataque feito pelo espião russo.
Eles conseguem ir até o quartel-general do vilão e o destroem, mas veem seu alvo escapar mais uma vez — mas agora sem os códigos de transmissão das bombas. Nos conteúdos de DLC de Call of Duty: Black Ops Cold War, descobrimos que Steiner assumiu para si a identidade de Perseus e está tentando recriar a fórmula do Nova 6.
Ele também captura Adler e tentar fazer a lavagem cerebral do agente para que ele troque de lado e traia os Estados Unidos. No entanto, Hudson e Mason descobrem o que aconteceu e são bem-sucedidos em fazer seu amigo voltar ao normal após perceberem que ele começou a se comportar de forma estranha.
Chegamos a Call of Duty: Black Ops 2
Em 1986, vemos um Alex Mason aposentado e que decidiu cuidar de seu filho, David, voltando ao serviço militar por pedido de seu antigo companheiro, Hudson. Ele afirma que Woods foi preso enquanto investigava atividades de traficantes na África, e somente seu antigo colega poderá ajudá-lo no resgate.
Call of Duty: Black Ops 2 traz alguns dos eventos mais surpreendentes da sérieFonte: Divulgação/Activision
Alex consegue salvar Woods, descobrindo que o responsável por sua captura foi Raul Menendez, o poderoso líder do Cartel Menendez. Com sede de vingança, os dois operadores vão para o Afeganistão em busca de informações que o levem ao criminoso — por lá, eles se encontram novamente com Lev Kravchenko, que havia sobrevivido aos eventos do passado, mas acaba sendo morto em definitivo por Woods.
Em seguida, Alex e Woods são enviados para a Nicarágua, onde conseguem se infiltrar na base de Menendez. Com uma granada, Woods supostamente mata o vilão junto com sua irmã, Josefina, e ambos os protagonistas são enviados de volta para casa. Apesar de a CIA acreditar que a ameaça está morta, a dupla de soldados desconfia que esse não é o caso.
Menendez tem sua vingança
Três anos depois, em 1989, Menendez volta dos mortos durante a invasão militar do Panamá, na qual Alex, Hudson e Woods procuram por um alvo conhecido como Nexus One. Separado de seu companheiro, Woods acredita ver o alvo sendo interrogado com um saco sobre sua cabeça, e é incentivado por Hudson a matá-lo com um tiro a longa distância.
Ele segue a ordem, mas logo em seguida descobre que seu alvo foi Alex, seu amigo de longa data. Ele e Hudson haviam sido capturados por Menendez, que arquitetou a situação falsa para que os agentes dos Estados Unidos matassem uns aos outros — uma vingança pelo que eles fizeram com Josefina.
Para completar, o vilão atira no joelho de Woods, fazendo com que ele nunca mais possa andar ou participar de uma ação em campo. Embora Call of Duty: Black Ops 2 não pare por aí e leve aos jogadores a 2025, quando eles controlam uma versão crescida de David (filho de Alex), é logo após esse ponto da narrativa que começa Black Ops 6, que tem como palco o ano de 1991.
Call of Duty: Black Ops 6 traz uma grande conspiração
Em Call of Duty: Black Ops 6, voltamos a acompanhar a saga de Frank Woods, Russel Adler e Helen Park, veteranos da série que retornam acompanhados de um novo time de agentes. O game tem como cenário a Guerra do Golfo, momento em que os Estados Unidos ascendem como uma das poucas grandes forças globais que restaram após o fim da Guerra Fria.
No que deveria ser um momento de estase para o país, uma força sombria clandestina se infiltra nos níveis mais altos da CIA e começa a marcar como traidores todos que resistem a ela. Nesse contexto, Woods se junta a seu novo protegido, Troy Marshall, e ambos trabalham para a agente Jane Harrow, até chegarem a um momento em que precisam se rebelar.
Para salvar a agência de forças infiltradas e garantir o futuro dos Estados Unidos, eles recrutam uma equipe especial formata por Felix Neumann, um gênio da tecnologia, e Sevati Dumas, uma misteriosa assassina. Eles também contam com a ajuda de Russel Adler, um veterano de Cold War cujas lealdades permanecem sob suspeita.
O resultado dessa missão, bem como suas diferentes reviravoltas e traições, já pode ser conferido na campanha de Call of Duty: Black Ops 6. Novamente desenvolvido pela Treyarch, o game está disponível no PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC, via Battle.net, Windows Store e Steam.