O ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece numericamente à frente (49%) de Kamala Harris (46%), atual vice e candidata democrata, nas intenções de voto do eleitorado americano, de acordo com pesquisa publicada nesta quinta-feira (24).
O levantamento realizado pelo The Wall Street Journal perguntou a 1.500 eleitores registrados quem escolheriam entre os dois candidatos. Dentro da margem de erro —de 2,5 pontos percentuais— Trump e Kamala estão tecnicamente empatados.
Ainda nesta quinta, o canal americano CNBC publicou uma pesquisa em que o cenário é parecido: Trump lidera com 48% das intenções, ante 46% de Kamala. Nos dois levantamentos os cenários praticamente se mantêm em relação às pesquisas similares realizadas em agosto.
Segundo os dados do WSJ, 53% dos entrevistados tem visões desfavoráveis sobre a democrata, contra 45% que afirmam vê-la com bons olhos. Por outro lado, as impressões acerca do republicano se tornaram mais otimistas: 52% dizem aprovar seu desempenho atual, enquanto 48% afirmam desaprovar. Para Kamala, o cenário é mais complicado, já que a maioria do eleitorado (54%) relatou desaprovar seu trabalho, ante 42% que manifestam o contrário.
O caráter acirrado da disputa eleitoral é fortalecido pelas preocupações dos possíveis eleitores. As questões econômicas são as mais caras aos eleitores, segundo dados da CNBC. Nesse sentido, 42% dos eleitores dizem acreditar em um melhor futuro financeiro caso Trump seja eleito; 24% afirmam ter mais esperança em Kamala e 29% relatam crer que sua situação financeira não mudaria em nenhum dos casos.
Abaixo da economia, outros temas de campanha aparecem como preocupantes para os entrevistados. Quanto à maneira de gerir a imigração no país, Trump se destaca e fica 35 pontos percentuais à frente de Kamala. Entre os eleitores mais preocupados com crimes e segurança pública, o republicano também tem uma vantagem de 19 pontos.
Kamala, por outro lado, lidera em outras questões. Em relação à gestão das mudanças climáticas, a vantagem é de 60 pontos; quanto ao aborto, a democrata abre 31 pontos; acerca da defesa da democracia, 9 pontos; e sobre assistência médica e serviços de saúde, 8 pontos à frente do adversário.
O panorama geral é de empate técnico para o resultado final. As campanhas buscam convencer o eleitorado a participar da votação principalmente nos sete estados-pêndulo.
O levantamento do Wall Street Journal foi realizado entre 19 e 22 de outubro. A CNBC ouviu mil eleitores pelo país, entre 15 e 19 deste mês; a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.