Moçambique defende reforma no Conselho de Segurança para corrigir injustiça histórica – EERBONUS
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Moçambique defende reforma no Conselho de Segurança para corrigir injustiça histórica

Durante o debate geral da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Manuel José Gonçalves, destacou a importância de fortalecer o multilateralismo.

O chefe da diplomacia moçambicana pediu ainda o avanço na reforma do Conselho de Segurança para promover a inclusão de vozes africanas.

Cooperação

“O funcionamento das nossas instituições globais deve acompanhar as dinâmicas atuais que se impõem. Assim, alinhamo-nos às abordagens que defendem a urgência da reforma das Nações Unidas, sobretudo ao nível do Conselho de Segurança, para uma maior inclusão, particularmente, dando voz permanente ao continente africano, corrigindo, desta forma, a injustiça histórica a que foi sujeito.”

O vice-ministro lembrou que Moçambique ocupa um assento rotativo no Conselho de Segurança até o final desse ano. Gonçalves destacou a atuação do país no período em que ele afirmou que a nação se dedicou a temas como paz e segurança na África, combate ao terrorismo e ação climática.

Ele agradeceu o apoio internacional e reafirmou o compromisso de Moçambique com os princípios da Carta das Nações Unidas e com a paz global. A proposta moçambicana foi apresentada em um momento em que as discussões sobre a reforma do sistema multilateral ganham destaque na agenda das Nações Unidas.

Em seu discurso, Gonçalves ressaltou que a paz, o desenvolvimento sustentável e a dignidade humana só serão alcançadas se houver uma abordagem coletiva e urgente frente aos desafios globais.

União Africana

Em sua mensagem, Manuel Gonçalves também abordou a cooperação entre as Nações Unidas e a União Africana como um pilar fundamental para a manutenção da paz e segurança no continente.

Ele saudou a adoção da Resolução 2719 pelo Conselho de Segurança, que concordou por unanimidade considerar, caso a caso, as solicitações da União Africana que buscam autorização para acessar as contribuições da ONU para operações de apoio à paz lideradas pela África.

Segundo o representante, esta colaboração é crucial para assegurar o financiamento sustentável das missões de paz e promover a apropriação regional das iniciativas de pacificação.

Conflitos globais

Outro ponto destacado pelo vice-ministro foi a situação de conflito em várias regiões do mundo, como Ucrânia, Médio Oriente e Sudão. Para Gonçalves, a via do diálogo e da diplomacia deve ser priorizada para resolver essas crises.

O diplomata apelou ao fim da violência e à proteção dos civis, defendendo uma solução de dois Estados no caso de Israel e Palestina, que considere ambos como membros de plenos direitos das Nações Unidas.

Por fim, o vice-ministro fez um apelo pela remoção de sanções unilaterais contra países como Zimbabué e Cuba, ressaltando que tais medidas prejudicam o desenvolvimento e o bem-estar das populações afetadas.

Gonçalves concluiu afirmando que o “multilateralismo é a única forma de alcançar uma paz e prosperidade duradouras, e medidas unilaterais são contrárias a esse princípio”.

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