Pelo menos 17 pessoas foram mortas quando atiradores atacaram duas casas de família na África do Sul, disse a polícia no sábado, aumentando o número crescente de tiroteios em massa no país.
Atiradores abriram fogo em duas propriedades em um bairro fora de Lusikisiki, uma cidade na província rural do Cabo Oriental, disse a polícia em um comunicado.
Treze pessoas foram mortas em uma casa, disse a polícia, acrescentando que todas as vítimas, exceto uma, eram mulheres. Em outra propriedade, quatro pessoas foram mortas, de acordo com o comunicado, e outra vítima está no hospital em estado crítico.
Acredita-se que as vítimas sejam todas parentes e vizinhos que se reuniram para se preparar para uma cerimônia tradicional, de acordo com um relatório do The Daily Dispatch, um jornal local. As autoridades iniciaram uma caçada enquanto a cidade se recupera dos assassinatos. “Esta é a primeira vez que testemunhamos algo assim”, disse Lwando Nonkonyana, porta-voz da prefeitura local, em uma entrevista por telefone. “E é um choque para a região.”
A África do Sul registra há anos altas taxas de criminalidade violenta, e a polícia e especialistas observaram um aumento no número de tiroteios em massa nos últimos anos. Em janeiro de 2023, atiradores mataram oito pessoas em uma festa de aniversário em Gqeberha, uma cidade costeira na província do Cabo Oriental.
Em abril do ano passado, atiradores invadiram uma casa e mataram dez pessoas em uma propriedade fora da cidade de Pietermaritzburg, no leste do país. E em julho de 2022, pelo menos 19 pessoas foram baleadas e mortas em vários bares, incluindo no bairro de Soweto, em Joanesburgo.
Estatísticas de criminalidade divulgadas pelo governo em agosto mostraram que as taxas de homicídio aumentaram em quatro das nove províncias da África do Sul, impulsionadas principalmente pela violência armada.