Entidades das Nações Unidas revelaram que vão manter contactos para pedir fortemente a redução da escalada, após a troca de ataques entre Israel e o Hezbollah neste domingo.
O exército israelense disse ter conduzido ações aéreas preventivas contra alvos do Hezbollah no Líbano, depois de detectar planos para o que chamou de “um ataque significativo contra seu território”.
Foguetes e drones
Já o Hezbollah confirmou o início do que define como a primeira fase de um ataque ao território israelense com o disparo de centenas de foguetes e drones em direção ao sul.
O comunicado do Escritório do Coordenador Especial da ONU para o Líbano, Unscol, e da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, Unifil, pede cessar-fogo a todos os envolvidos “à luz dos desenvolvimentos preocupantes na Linha Azul”, e que todas as partes se abstenham de novas ações de escalada.
Coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, encontrou-se com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Muhammad Mustafa depois dos ataques
O comunicado apela por um retorno à cessação dos confrontos, seguido pela implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, como “o único caminho sustentável a seguir”.
De acordo com agências de notícias, o Hezbollah revelou que a operação foi “concluída e realizada”. Já Israel confirmou ter atingido mais lançadores de foguetes do grupo.
Processo de Paz no Oriente Médio
Segundo os relatos das agências, o Ministério da Saúde do Líbano anunciou que três pessoas morreram devido aos atos. As Forças de Defesa de Israel teriam anunciado que os foguetes do Hezbollah causaram “muito pouco dano”.
Horas após as ações entre Israel e o Hezbollah na Linha Azul, o coordenador especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, encontrou-se com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Muhammad Mustafa.
Em rede social, o representante da ONU disse que as negociações pelo cessar-fogo e libertação de reféns em andamento no Cairo são cruciais para salvar a vida de civis, reduzir as tensões regionais e permitir que a ONU, em cooperação com a Autoridade Palestina, acelere os esforços para atender às necessidades urgentes da população que sofre em Gaza.
Wennesland enfatizou que é preciso um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns agora, não havendo tempo a perder.