EUA:Convenção democrata tem Stephen Curry e talvez Beyoncé – 22/08/2024 – Mundo – EERBONUS
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EUA:Convenção democrata tem Stephen Curry e talvez Beyoncé – 22/08/2024 – Mundo

Antes do aguardado discurso de Kamala Harris nesta quinta-feira (22), democratas escalaram nomes para ressaltar sua carreira como procuradora atuando contra grandes empresas e criminosos sexuais na última noite da convenção do partido. O retrato serviu como gancho para atacar Donald Trump, caracterizado como um bilionário que desconhece as dificuldades de famílias comuns, abusador de mulheres e racista.

O partido levou ao palco quatro dos “cinco do Central Park”, como ficaram conhecidos cinco adolescentes negros condenados injustamente pelo estupro de uma mulher no parque em 1989. O caso teve projeção nacional e atraiu a atenção de Trump, que pagou por anúncios nos principais jornais americanos pedindo a execução dos jovens.

“Trump nos queria mortos. Fomos inocentados porque o verdadeiro criminoso confessou, e um exame de DNA provou. Trump disse que ainda acredita na sentença original. Ele prefere descartar a evidência científica em vez de admitir que errou”, disse Yusuf Salam. “Ele nunca mudou e nunca vai mudar.”

“Trump gastou uma pequena fortuna pedindo a execução de cinco jovens inocentes”, disse o reverendo Al Sharpton. “Em novembro, vamos mostrar para ele o que são negros fazendo seu trabalho”, declarou, em referência à fala do empresário no debate com Joe Biden de que imigrantes estariam roubando “empregos de pretos”.

Outro destaque da noite foi a senadora Elizabeth Warren, um dos principais nomes da ala mais à esquerda do partido. A democrata foi ovacionada ao subir no palco e se emocionou.

“Trump não tem plano para reduzir o custo de vida das famílias, ele não sabe como, honestamente nem se importa. Ele nunca encheu um tanque da gasolina, as únicas contas com que ele se preocupa são os honorários de seus advogados criminais”, disse.

“Kamala vai combater as grandes empresas que estão massacrando as famílias americanas”, disse, afirmando que a candidata, quando era procuradora, combateu aumentos abusivos de preço durante incêndios na Califórnia.

“Kamala viveu uma vida como a nossa, ela nos conhece. Trump não conhece nada de você. Você acha que ele entende que quando seu carro quebra, você não consegue trabalhar? A primeira palavra dele deve ter sido ‘chofer'”, disse a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer.

Falando de episódios recentes da história como a pandemia e a invasão do Capitólio, Whitmer enfatizou que esse é o momento de escolher quem está no comando. “Se algo acontecer nos próximos quatro anos, a primeira coisa que você vai se perguntar é sua família vai ficar bem e, depois, quem está no comando. E se for ele, e se for aquele homem de Mar-a-Lago?”, disse ela, retrucando a frase que Trump usou para descrevê-la –“aquela mulher de Michigan”.

Em uma tentativa de se apropriar da bandeira do patriotismo, uma marca de Donald Trump, o deputado Ruben Gallego, do Arizona, levou vários veteranos de guerra ao palco durante o horário nobre do evento. Ele relembrou a frase atribuída a Trump de que a categoria é formada por “perdedores”. Bandeiras americanas foram distribuídas aos delegados, que gritaram “USA!” (EUA) enquanto as balançavam.

Entre os endossos de famosos, não veio ainda o aguardado de Taylor Swift, mas sim o do jogador de basquete Stephen Curry, um dos grandes nomes da NBA. “Eu acredito que Kamala Harris pode trazer a união de volta e continuar a fazer nosso país avançar”, disse em um vídeo reproduzido no telão.

Seguindo o ritmo dos últimos dias, a programação conta com um rol de celebridades –a cantora Pink, a atriz Kerry Washington (de “Scandal”), The Chicks e, talvez, Beyoncé.

Washington pediu para que o público sacasse o celular e gravasse um vídeo, na hora, entoando um dos gritos de guerra da campanha: “quando nós lutamos, nós vencemos”.

Ela também deu uma “aula” de como pronunciar o nome de Kamala –cutucando Donald Trump ao dizer que uma coisa é genuinamente não saber, e outra é falar errado por desrespeito. O republicano faz questão de se referir à adversária, de forma pejorativa, como “Kamála” e não “Kâmala”, a pronúncia correta.

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