Se existir um túnel do tempo, como os físicos podem encontrá-lo? – EERBONUS
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Se existir um túnel do tempo, como os físicos podem encontrá-lo?

Viajar na linha temporal é o sonho de todo pesquisador e entusiasta por assuntos controversos do mundo físico. A possibilidade de haver um túnel do tempo, onde o trânsito entre eras fosse possível, é tão interessante que livros, séries, filmes e até conversas de bar são dedicadas exclusivamente para o assunto.

A trilogia clássica de “De Volta para o Futuro” é um exemplo das consequências bizarras que a interação com as linhas temporais podem causar.  Mas o mesmo tema também foi pano de fundo para a série dos anos 1960 “Túnel do Tempo” e até mesmo em Harry Potter, a personagem Hermione utiliza de magia temporal para comparecer a todas as aulas.

No mundo da pesquisa científica, a distorção temporal já foi noticiada algumas vezes, mas não em proporções suficientes para que você possa se beneficiar. Quer saber quando e onde isso aconteceu? Continue a leitura.

Brincar com uma linha temporal pode ser bastante controverso, principalmente se você interagir com a linha visitada.Fonte:  Getty Images 

Procurando o túnel do tempo

Distorções temporais são mais comuns do que você imagina. Um exemplo cósmico clássico desse fenômeno são os buracos negros. A força gravitacional desse objeto celeste é tão densa e intensa que é capaz de distorcer as linhas de campo do espaço, e consequentemente, a linha temporal.

O espaço-tempo recebe esse nome devido à íntima relação entre esses elementos geométricos/geográficos e o tempo. Se o espaço se distorce, a continuidade do tempo também sofrerá alterações, podendo gerar um fenômeno conhecido como dilatação temporal, onde o tempo poderá correr de forma mais lenta do que usual.

A gravidade distorce o espaço e a descontinuidade do espaço distorce o tempo.A gravidade distorce o espaço e a descontinuidade do espaço distorce o tempo.Fonte:  Getty Images 

Outro elemento celestial capaz de gerar possíveis viagens no tempo são os buracos de minhoca. Essas entidades teóricas seriam pontes em locais onde o espaço-tempo tenha se curvado sobre si.

Algumas teorias conjecturam sobre a existência dessas pontes em um universo primitivo, ou ainda que eles existam em versões micros, em algum lugar no universo, porém, voláteis o suficiente para durar curtos períodos.

Para alguns físicos, os buracos de minhoca são apenas mais uma anedota científica, para outros, um campo ainda a ser explorado. Mas se você pensa que essas distorções temporais ocorrem apenas no mundo macro, pode se surpreender em saber que penas distorções também ocorrem em solo terrestre.

Relatividade, dois aviões e três relógios, receita para o túnel do tempo?

Nosso planeta também gera uma distorção gravitacional no universo. Assim, temos nossa linha temporal particular e mesmo em solo, podemos criar novas linhas.  A relatividade restrita de Albert Einstein gerou alguma discussão a respeito de como o tempo se comportava. Seu exemplo para explicar esse fenômeno comportamental foi a formulação do Paradoxo dos Gêmeos.

Segundo o paradoxo Einstein, se um gêmeo permanece em na Terra, enquanto o outro viajasse para o espaço, em uma velocidade próxima a da luz, o tempo para o irmão em viagem sofreria uma dilatação, passando mais lentamente.

O gêmeo em Terra seguiria sua vida em um fluxo "normal" de tempo, enquanto o gêmeo astronauta, teria seu tempo lentificado.O gêmeo em Terra seguiria sua vida em um fluxo “normal” de tempo, enquanto o gêmeo astronauta, teria seu tempo lentificado.Fonte:  Getty Images 

Se você se lembrou do filme Lightyear, você fez uma correlação perfeita. As sucessivas tentativas e viagens de Buzz fez com que o tempo se dilatasse. Para ele eram horas, minutos ou segundos, mas para quem estava aterrado, muito tempo se passou.

E em 1972, um físico e um astrônomo se uniram para testar se em escalas menores o tempo também poderia ser modificado. Joseph Hafele e Richard Keating utilizaram aviões a jato para seu experimento.

Com um relógio atômico em terra e outros dois tripulando aviões, os experimentadores realizaram uma viagem em torno do globo, em sentidos opostos. Um dos aviões voo no sentido leste-oeste, enquanto os outros no sentido oeste-leste.

Quando atingiram o mesmo ponto, os três relógios foram comparados. O relógio que ficou no solo estava nanossegundos, atrasado. Ainda que seja pequeníssima a diferença, ficou demonstrado que o tempo pode correr de forma distinta.

Que tal morar em cima de um morro para ter mais tempo? Na prática, essa diferença é irrelevante.Que tal morar em cima de um morro para ter mais tempo? Na prática, essa diferença é irrelevante.Fonte:  Getty Images 

Segundo alguns pesquisadores, isso também pode ocorrer conosco, quando nos encontrados em diferentes altitudes, sendo que o tempo pode ocorrer de forma mais lentificada no alto das montanhas do que ao nível do mar.

Eu sei que você pode estar pensando que quando está fazendo uma atividade realmente muito chata também ocorre uma dilatação temporal, mas, na verdade, esse é um truque do seu cérebro.

Fato é que o tempo pode, sim, correr de formas diferentes, com pequenas alterações na linha temporal. Mas se algum dia será possível descobrir ou criar túneis do tempo, só o próprio tempo será capaz de demonstrar.

Quer saber mais sobre o tempo e seus truques? Descubra o porquê, o tempo pode ser apenas uma ilusão, segundo a física quântica. Para mais conteúdos atemporais, continua acompanhando a TecMundo!

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