Violência de milícias comunitárias matou 468 pessoas no Sudão do Sul este ano – EERBONUS
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Violência de milícias comunitárias matou 468 pessoas no Sudão do Sul este ano

A Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, confirmou a morte de 468 pessoas em ataques a civis entre janeiro e março deste ano. Os atos foram motivados principalmente pela violência armada entre milícias comunitárias ou grupos de defesa civil no país africano.

No período foram verificados 240 incidentes violentos contra 913 pessoas em todo o território sul-sudanês. Pelo menos 328 vítimas ficaram feridas e outras 70 pessoas foram sequestradas.

Alta de 24% em incidentes violentos

O estudo ressalta que 47 pessoas foram vítimas da violência sexual relacionada ao conflito durante o período que ficou marcado pela alta de 24% no número de incidentes violentos, em comparação com o mesmo período em 2023.

Unmiss promove debates entre comunidades sobre as ações de reconciliação e consolidação da paz

As milícias comunitárias e grupos de defesa civil continuam sendo os responsáveis pela principal fonte de violência, ao causarem 87% das vítimas.  As áreas mais afetadas são os estados de Warrap, Jonglei e Equatória Oriental.

O Unmiss ressalta ainda uma redução em 30% no número de sequestros ao documentar 70 episódios, em comparação com o último trimestre de 2023. Já os incidentes de violência sexual relacionada ao conflito diminuíram 25%.

Em relação à violência entre as forças de segurança do governo e grupos armados que atuam no conflito, a missão da ONU destaca uma tendência de redução no período coberto pelo relatório.

Atividades militares de elementos armados

No entanto, as operações e atividades militares destes elementos armados continuam colocando os civis em risco, principalmente em partes do estado de Equatoria Central.

Estudo ressalta que 47 pessoas foram vítimas da violência sexual relacionada ao conflito

Estudo ressalta que 47 pessoas foram vítimas da violência sexual relacionada ao conflito

O representante especial do secretário-geral da ONU para o Sudão do Sul, Nicholas Haysom, destacou a urgência em consolidar uma cultura de direitos humanos “para que seja alcançada a segurança sustentável, paz e democracia”.

Para a proteger os civis, as forças da Unmiss realizam patrulhas por terra, ar e mar. A operação de paz também promove debates entre comunidades sobre as ações de reconciliação e consolidação da paz por meio do diálogo.

O mandato da Unmiss inclui ainda o apoio aos processos políticos e de estabilização, incluindo a reforma dos setores de segurança, justiça, questões sobre a Constituição e preparativos para eleições.

FONTE

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