No Sudão, os “civis estão na linha de fogo. Nenhum lugar é seguro para eles” – EERBONUS
TESTE DO NOVO ANUNCIO

No Sudão, os “civis estão na linha de fogo. Nenhum lugar é seguro para eles”

Combates que se dividem em linhas étnicas na área sudanesa de El Fasher e arredores levantam “profunda preocupação” das Nações Unidas. O potencial é que esta realidade possa causar mais sofrimento aos civis.

Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança discutiu a situação do país africano que registrou 18 milhões de desalojados pelo conflito iniciado em 15 de abril de 2023.

Risco de perder a vida devido à fome

Uma avaliação realizada em território sudanês identificou mais de 18 milhões de vítimas de desnutrição aguda. Destas, cerca de 5 milhões de pessoas estão em risco de perder a vida devido à fome.

A capital de El Fasher, Darfur, registra bombardeios aéreos e lançamentos em áreas densamente povoadas. Uma contagem feita em dois meses até meados de junho revelou que pelo menos 192 civis perdem a vida nesses atos.

ONU diz que comunidade internacional carece urgentemente de ações significativas para garantir a responsabilização no Sudão

Estima-se que várias dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortos nos últimos dias. A secretária-geral assistente para a África, Martha Pobee disse que os “civis estão na linha de fogo. Nenhum lugar é seguro para eles.”

A representante afirmou que ocorrem graves violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos. Os atos incluem execuções sumárias de civis, a prisão e detenção incomunicável de centenas de indivíduos em condições precárias, bem como a violência sexual generalizada relacionada ao conflito.

Forças de Apoio Rápido 

De acordo com as Nações Unidas, grande parte dos crimes é cometida por Forças de Apoio Rápido, RSF, que confrontam o Exército desde o ano passado.

Para ela, a comunidade internacional carece urgentemente de ações significativas para garantir a responsabilização por essas violações e as “vítimas merecem justiça”.

Mais de 1,8 milhões de dudaneses fugiram para países vizinhos

Mais de 1,8 milhões de dudaneses fugiram para países vizinhos

Ela lamentou que os esforços da mediação ainda não garantam um cessar-fogo nem um diálogo direto sustentado entre as partes às quais pediu mais diálogo e que deixem “jogos destrutivos de culpa e busquem todas as oportunidades pela paz.”

Com 1,5 milhão de habitantes, Darfur abriga aproximadamente 800 mil deslocados internos. Combates pesados na cidade levam a “baixas civis significativas, danificaram casas e causaram deslocamento em massa.”

Operações de prevenção à fome 

Os mais de 1,8 milhões fugindo para países vizinhos destacam “a longa e perigosa jornada de Cartum até o Egito, Quênia ou Uganda”. Muitas vezes, eles atravessam vários países tentando escapar do conflito. 

A maioria dos desalojados saiu sem nada e viajou por várias semanas em busca de segurança, revelou a representante. O plano humanitário de US$ 2,2 bilhões somente obteve 17% dos fundos para este ano. 

FONTE

Deixe um comentário