Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo – EERBONUS
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Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo

Conceito é usado para se referir ao conjunto de técnicas digitais que alteram a biologia humana. Elon Musk anunciou 1° implante cerebral de chip em humano, para controlar equipamentos eletrônicos por pensamento. Um raio x mostrando um chip implantado na mão
WALLETMOR
O biohacking pode ser entendido como a prática de intervir no corpo humano usando um conjunto de tecnologias para melhorar ou expandir a capacidade humana em uma determinada atividade.
Na última segunda-feira (29), o bilionário Elon Musk divulgou que foi feito o primeiro implante de chip cerebral em um humano por sua empresa Neuralink. Outras empresas possuem iniciativas semelhantes.
Nestes casos, o objetivo é ajudar pessoas com limitação de movimentos. Mas esses tipos de intervenção no corpo humano podem ser usados ainda para armazenar dados e até facilitar em ações dia a dia, como pagamentos.
O biohacking também pode envolver tecnologias que não exigem implantes, como os “óculos inteligentes” que ajudam pessoas com deficiência visual a ter mais independência no dia a dia.
Mas, em muitos casos, o conceito envolve inserir microchips no corpo. Esses dispositivos têm circuitos eletrônicos e uma peça para se comunicar com outros aparelhos por ondas de rádio.
Não há legislação no Brasil sobre o biohacking, e a tecnologia gera debates em relação à segurança digital.
Veja baixo alguns usos para os implantes de chips no corpo:
Pagamento
Controle de eletrônicos por pensamento
Armazenamento de dados
Magnetismo
Afinal, o que são microchips?
💳 Pagamento
Na Holanda, já existem pessoas que usam a tecnologia para fazer pagamentos.
Elas não precisam usar dinheiro, cartão de banco ou celular para pagar. Em vez disso, basta colocar a mão próximo do leitor de cartão para concluir a transação (veja no vídeo abaixo).
A Walletmor, empresa holandesa que trabalha com a tecnologia, diz que o chip é seguro, tem aprovação regulatória no país e funciona imediatamente após ser implantado. Também não requer bateria ou outra fonte.
Entenda: microchips que permitem pagamento com a mão
🧠 Controle de eletrônicos por pensamento
No caso divulgado por Elon Musk de implante de microchip cerebral pela Neuralink, o item, chamado “Telepathy” (Telepatia), visa permitir que humanos controlem dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento.
O paciente a receber o implante pela empresa está bem, segundo Musk, mas não foram dados detalhes sobre ele nem sobre o procedimento feito.
O estudo conduzido pela Neuralink utiliza um robô para introduzir um implante de Interface Cérebro-Computador (ICC) por meio de um procedimento cirúrgico. O dispositivo é instalado em uma região do cérebro que controla a intenção de movimento.
Neste primeiro teste, a empresa quer avaliar a segurança do implante e do próprio robô que fez o procedimento cirúrgico.
🗂️ Armazenamento de dados
O implante de microchips também serve para guardar informações, como dados médicos ou o crachá do trabalho.
“Normalmente, olham estranho pra você porque não é um negócio muito trivial”, diz o especialista em segurança cibernética Thiago Bordini, que conversou com o g1 em 2022 sobre a experiência de ter um chip em cada mão (veja o vídeo abaixo).
Como é ter um microchip implantado na mão
“Tem algumas pessoas que têm curiosidade e pedem pra ver. Porque, se você passa o dedo em cima, você o sente. As pessoas querem saber o que é sentir, é bem curioso”, afirma.
Ele contou que o principal motivo para realizar o implante foi a vontade de conhecer mais a tecnologia e como ela poderia ser utilizada para facilitar coisas do dia a dia.
Conheça outros brasileiros que usam a tecnologia
Como funciona o chip implantado na mão
Arte/g1
🧲 Magnetismo
O implante de pequenas pastilhas de ímãs na ponta dos dedos funciona para que pessoas tenham uma sensibilidade extra: sentir campos magnéticos ao seu redor.
Uma das empresas que produzem o equipamento é a Grindhouse Wetware, startup de biotecnologia com sede na Pensilvânia. A organização se concentra em experimentar tecnologia para aumentar as capacidades humanas.
Para Luli Radfahrer, professor e diretor do laboratório de pesquisa acadêmica Interfaces Digitais, Experiências e Inteligências Artificiais (IDEIA), o procedimento não muda o corpo humano de forma significativa.
“Com isso [a implementação do ímã], a pessoa sente no tato alguma mudança. As pessoas dizem que têm um sexto sentido porque elas sentem as variações magnéticas. Isso é puramente estético”, afirma Radfahrer.
Exemplo de como funciona o implante para atrair o magnetismo
Magtek, Divulgação
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Afinal, o que são microchips?
O microchip é um conjunto de circuitos eletrônicos com módulos. Esses dispositivos costumam ser capazes de armazenar e transmitir informações.
Eles podem funcionar através de ondas de rádio, sensores integrados ou sinais elétricos. O chip pode ser implantado no corpo em poucos minutos e o processo geralmente acontece em estúdios de aplicação de piercing.
O microchip possui uma espécie de vidro que é biocompatível, ou seja, não cria reação alérgica ou outra reação imunológica, disse ao g1 Fernanda Matias, professora de biotecnologia na Universidade de São Paulo (USP). No Brasil, não há leis que regulamentam os implantes.
O assunto gera debates sobre até que ponto a tecnologia deve ser integrada ao corpo humano, levando a discussões sobre segurança digital.
“O risco de segurança de dados é iminente num país onde tudo é clonado. Tem gente que põe a entrada e o controle de casa ou dados de cartão nesses dispositivos. Se clonam cartão, clonam esses chips”, diz Fernanda Matias.
Mas os microchips não são encontrados tão facilmente, explica Luli Radfahrer. “Comprar chips de biohacking é igual comprar anabolizantes. Não é impossível de encontrar, porém é difícil”.
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