Futebol pode ter regra similar à do handebol e do hóquei – 09/12/2023 – O Mundo É uma Bola – EERBONUS
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Futebol pode ter regra similar à do handebol e do hóquei – 09/12/2023 – O Mundo É uma Bola

O ano de 2024 se aproxima e, nele, é possível que ocorra uma mudança nas regras do futebol.

Modificação essa que envolve o aspecto disciplinar e que levará ao esporte punição parecida com a que existe em outra modalidade, o handebol.

Nessa sanção, a ser aplicada primordialmente nas chamadas faltas táticas do futebol, o infrator, além de receber o cartão amarelo, terá de deixar o campo por um período determinado de tempo, ainda a ser definido.

A falta tática ocorre quando um jogador, a fim de evitar um contra-ataque do adversário, 1) faz uma falta não violenta, segurando-o, obstruindo-o ou empurrando-o; ou 2) no caso de um lançamento, coloca a mão na bola; ou 3) se há uma falta a ser batida, posiciona-se de forma a impedir que isso ocorra rapidamente.

Outro momento passível de punição com a exclusão temporária da partida é a “falta de modos” em relação à arbitragem: atitudes intempestivas, seja na linguagem verbal ou corporal.

No handebol, o jogador que recebe um segundo cartão amarelo (o que costuma acontecer quando faz falta violenta) permanece fora da quadra pelo período de dois minutos, retornando ao término desse tempo.

Caso esse mesmo jogador seja novamente advertido, ele é expulso do jogo. Seu time fica com um a menos por dois minutos e, depois, pode completar a equipe com um outro atleta.

O hóquei no gelo, popular nos EUA, no Canadá e em países nórdicos europeus, também aplica suspensões temporárias a jogadores, de dois, cinco ou dez minutos, a depender da gravidade da infração.

Por exemplo, segurar um oponente ou dar-lhe uma rasteira com o taco é falta leve; iniciar uma briga (que é permitida nesse esporte, conforme normas preestabelecidas) é média; confrontar o(s) árbitro(s) é grave.

Voltando ao futebol, depois de experiência considerada bem-sucedida em categorias de base, autoridades do futebol, concentradas no Ifab (órgão responsável pela legislação do jogo), tendem a autorizar, em encontro de seus membros no início de março, que ligas profissionais passem a utilizar a nova regra.

Não se divulgou em qual país (ou países) os testes foram realizados, mas, de acordo com o Ifab, houve alta aprovação de jogadores (72%), técnicos (77%) e árbitros (84%), verificando-se ainda 38% menos de reclamações feitas à arbitragem.

Essa tendência sendo confirmada, a MLS (principal liga norte-americana, com equipes dos EUA e do Canadá), onde atualmente joga Messi e cuja temporada começa no primeiro semestre, deve ser a primeira a implementar a novidade.

A Inglaterra é outro país simpático à incorporação da punição por minutos, inclusive na Premier League, segundo indicou Mark Bullingham, principal dirigente da FA, a federação de futebol do país.

Há, entretanto, relutância à ideia por lá.

Ange Postecoglou, treinador do Tottenham, considera não haver “nada de errado” com o futebol e não entender por que o Ifab “continua a interferir no jogo”, deixando subentendido que já existiu modificação significativa recente, na figura no VAR (árbitro assistente de vídeo).

“Não precisamos bagunçar as partidas”, afirmou o australiano em entrevista a jornalistas antes de jogo do time londrino.

Quem também discorda é o ex-zagueiro John Terry, que considera que a subjetividade na aplicação da punição será um obstáculo.

“O nível de tolerância e de inconsistências dos árbitros será diferente a cada semana”, escreveu o ex-jogador do Chelsea e da seleção inglesa no X (antigo Twitter).

Opiniões contrárias à parte, o Ifab aprovando a alteração, a regra passará a valer mundialmente a partir do dia 1º de julho de 2024.


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