Milhares de famílias de palestinos deslocados encheram as estradas do sul da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (24) para voltar para suas casas, aproveitando o início da trégua de quatro dias entre Israel e os terroristas do Hamas.
A guerra forçou o deslocamento de 1,7 milhão dos 2,4 milhões de habitantes da região, segundo dados divulgados pela ONU.
Em Khan Yunis, no sul do território palestino, não foram ouvidas explosões na manhã desta sexta-feira.
Folhetos lançados por aviões israelenses advertem a população de Gaza de que “a guerra não acabou” e que “retornar ao norte é proibido e muito perigoso”, acrescentam os folhetos.
O estopim da guerra foi o ataque terrorista contra Israel no dia 7 de outubro. A ação terrorista massacrou 1.200 pessoas, a maioria civil, e cerca de 240 foram sequestradas e levadas para cativeiro subterrâneos na Faixa de Gaza.
O Exército israelense considera o terço norte da Faixa de Gaza uma zona de combate e ordena que todos os civis abandonem a região.
Khaled al Halabi teria desejado “uma trégua também no norte”. No início da guerra, ele trocou a cidade de Gaza por Rafah, no extremo sul do território. Agora, gostaria de poder ver “sua casa”.
Durante a trégua de quatro dias, caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a entrar em Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.
Pelo acordo assinado com a mediação do Catar, dos Estados Unidos e do Egito, 200 caminhões com ajuda passarão diariamente pela fronteira.
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