Na primeira partida que Neymar disputou depois da eliminação do Brasil na Copa do Mundo, ele foi expulso. De maneira irresponsável, infantil, resgatando a fase cai-cai que parecia ter ficado no passado.
Do jeito que foi, na partida do Paris Saint-Germain contra o Strasbourg em Paris, pelo Campeonato Francês, fica difícil acreditar que não tenha sido proposital.
É um parecer meu, não tenho como provar, apenas relatar os fatos, e o leitor que chegue a uma conclusão.
Neymar até fazia uma boa partida, movimentando-se, criando, sofrendo faltas, contribuindo para as ações ofensivas do PSG no estádio Parque dos Príncipes. No primeiro tempo, foi ele quem cobrou a falta que originou o gol de Marquinhos, de cabeça, que abriu o placar.
Mas veja o que aconteceu no intervalo de dois minutos, a partir dos 16min do segundo tempo.
Primeiro, Neymar, em lance totalmente evitável, cometeu falta em Adrien Thomasson ao acertar o rival no rosto com a mão. O lance rendeu ao brasileiro o cartão amarelo.
Na jogada seguinte, Neymar projetou-se na área do Strasbourg, foi lançado e, ao perceber a aproximação de Alexander Djiku, mergulhou na área. A simulação foi clara, o zagueiro nem sequer resvalou no camisa 10.
O árbitro Clément Turpin, corretamente, mostrou a Neymar o segundo cartão amarelo e, na sequência, o vermelho.
Como é praxe quando não concorda com uma marcação, o craque deu uma risadinha irônica; depois, aproximou-se de Turpin, encarando-o e “soltando o verbo”.
Fica a pergunta: foi tudo uma grande coincidência?
Custo a acreditar. Neymar tinha acabado de ser advertido e sabia (não havia como não saber) que tentar cavar um pênalti certamente lhe custaria uma outra admoestação, sendo que esta o tiraria do jogo.
E o tiraria, como tirará, da partida seguinte do PSG, que cai no dia 1º de janeiro (contra o Lens).
Neymar, que sabidamente gosta de uma festa, a fim de celebrar a vida com os amigos, está teoricamente livre para comemorar o Réveillon, seja na Europa, seja no Brasil, sem ter que jogar bola no dia seguinte.
Teoricamente porque, para poder festejar onde bem entender, o jogador precisa ser liberado pelo clube, o que não é improvável que aconteça.
Por que paira essa suspeita sobre Neymar, de ele ter agido de forma proposital, inclusive gerando memes que anunciaram “Confirmado no Réveillon”?
Porque houve outras vezes em que ele, no jogo em que teve oportunidade de agir para se ausentar da partida seguinte, que seria em data concomitante a uma festa, acabou advertido, de forma a não estar disponível para o time.
Ocorreu em março de 2016, quando o craque defendia o Barcelona. Ao receber um cartão amarelo depois de agarrar um adversário, ele ficou suspenso de uma partida que o impossibilitaria de estar no aniversário de sua irmã, Rafaella. Fora do jogo, foi à festa.
No ano anterior, 2015, às vésperas do aniversário da irmã, Neymar recebeu um amarelo que o tirou de partida que o impediria de estar presente na festa de Rafaella. Fora do jogo, foi à festa.
Uma das festividades da qual o atacante mais gosta, assim como Carnaval, é o Ano-Novo.
Na virada de 2021 para 2022, ele reuniu dezenas de pessoas em uma festança na praiana Mangaratiba, no Rio de Janeiro, onde tem uma mansão.
Se não desejar burburinho, Neymar abrirá mão de qualquer celebração grandiosa no dia 31, prosseguirá treinando no PSG e acompanhará a delegação na partida de domingo (1º), mesmo estando impossibilitado de jogar.
Seria uma forma bastante clara, incontestável, de calar os críticos que consideram que ele forçou a expulsão para ficar livre para “cair na gandaia”.
Seria surpreendente, devido ao histórico de Neymar. Por isso, duvido que aconteça e considero que o mais provável é ele farrear no Réveillon, muito provavelmente no Brasil.
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Em tempo: Com um gol nos acréscimos de Mbappé, que retornou aos treinamentos em Paris apenas três dias depois da final da Copa do Qatar, o PSG derrotou o Strasbourg por 2 a 1, mantendo-se com ampla vantagem (oito pontos) na liderança do Francês.
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