O dirigente chinês, Xi Jinping, aterrissou neste domingo (5) no aeroporto de Orly, nos arredores de Paris, para realizar visita oficial à França, onde afirmou querer trabalhar com o país “e toda a comunidade internacional” para encontrar “boas formas de resolver” a guerra na Ucrânia.
É a primeira viagem europeia de Xi desde 2019, quando a pandemia de Covid-19 isolou o país asiático durante quase três anos. Xi e sua esposa, Peng Liyuan, foram recebidos pelo primeiro-ministro francês, Gabriel Attal.
Durante a visita, o presidente francês Emmanuel Macron quer defender a “reciprocidade” comercial e a busca por uma solução para o conflito ucraniano ao lado de Xi, líder que tem mostrado apoio à Rússia.
Macron planeja pedir a Xi que apoie a “trégua olímpica” para todos os conflitos durante os Jogos Olímpicos de Paris neste verão.
“Esperamos que a paz e a estabilidade retornem rapidamente à Europa e pretendemos trabalhar com a França e toda a comunidade internacional para encontrar boas formas de resolver a crise”, disse o líder chinês ao jornal Le Figaro.
“Compreendemos a turbulência que a crise ucraniana causa aos europeus. A China não causou esta crise nem é parte ou participante dela”, declarou Xi.
O dirigente chinês permanece na França até terça-feira (7) e depois viaja para a Sérvia e a Hungria, dois países próximos de Moscou.
Nesta segunda-feira (6), Xi se reunirá com Macron e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Durante o encontro no Eliseu, serão abordadas divergências comerciais entre o bloco e o país.
Nos últimos meses, a União Europeia multiplicou as investigações sobre os subsídios estatais chineses em setores como o dos automóveis elétricos, acusados de serem anticompetitivos.
Para Pequim, estas medidas são consideradas protecionistas. As autoridades chinesas lançaram a sua própria investigação sobre os subsídios estatais, especialmente ao conhaque francês.