O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta sexta-feira (26), a ida do seu assessor especial para assuntos internacionais Celso Amorim para acompanhar a eleição na Venezuela está mantida, apesar das declarações do ditador Nicolás Maduro.
“Companheiro Celso Amorim está embarcando agora às 14h para a Venezuela”, disse Lula a jornalistas, pouco antes de evento do Novo PAC no Palácio do Planalto.
A ida já era vista como provável, mesmo após o TSE (Tribunal de Contas da União) cancelar a viagem de técnicos para acompanhas o pleito em Caracas no próximo domingo. Mas o martelo só seria batido depois de Amorim conversar com Lula, o que ocorreu nesta manhã.
Nesta semana, Maduro questionou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. Ele disse em comício na noite de terça-feira (23) que as eleições no Brasil, Estados Unidos e Colômbia não são auditadas. O ditador disse ainda que o “o melhor sistema eleitoral do mundo” é o venezuelano.
Maduro também disse que quem estivesse assustado poderia tomar uma “camomila”, em referência à fala de Lula de estar assustado com declarações do venezuelano de que haveria um “banho de sangue” no país caso ele seja derrotado nas eleições, marcadas para o próximo domingo (28).
As declarações de Maduro geraram mal estar no Palácio do Planalto. Integrantes do Itamaraty, por sua vez, minimizaram as falas como sendo de campanha, para mobilizar a militância.
Prevaleceu no entorno de Lula o entendimento de que a eleição de domingo é o ato mais importante para resolver a crise venezuelana nos últimos anos. O fracasso da disputa, o não reconhecimento do pleito por um dos lados não interessa à região.
A Transparência Internacional do Brasil, organização global contra a corrupção no mundo, enviou na quinta-feira (25) uma carta ao ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, pedindo que o Brasil apele ao governo da Venezuela por eleições livres e justas no país.
Entre as solicitações da organização, estão o monitoramento, documentação e punição imediata a quaisquer violações dos direitos humanos e dos padrões internacionais de integridade eleitoral na eleição na Venezuela.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.