No dia em que Israel e o Hamas concordaram em estender mais uma vez a trégua no conflito iniciado em outubro, um ataque a tiros nesta quinta-feira (30) deixou ao menos três pessoas mortas e outras oito feridas —três delas em estado grave— em Jerusalém. A facção terrorista assumiu a autoria do atentado.
O ataque ocorreu por volta das 7h40 no horário local (2h40 em Brasília). “Dois terroristas armados chegaram em um veículo e dispararam contra civis em um ponto de ônibus. Eles foram neutralizados pelas forças de segurança e por um civil que estavam por perto”, disse a polícia israelense em nota.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela agência de notícias Reuters mostram o momento do ataque. Na gravação, um carro para ao lado de um ponto de ônibus lotado. Dois homens, então, saem do veículo com armas em punho e correm em direção às vítimas. Pouco depois, eles são mortos a tiros.
Várias ambulâncias e policiais foram enviados ao local, e as forças de segurança disseram que os agentes estavam vasculhando a área em busca de outros possíveis agressores. Duas mulheres, de 24 e de aproximadamente 60 anos, e um homem, de 73 anos, morreram no ataque, segundo o jornal The Times of Israel.
“Esse evento prova mais uma vez que não devemos demonstrar fraqueza, que devemos falar com o Hamas somente através de miras [de fuzis], somente através da guerra”, disse o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, no local do ataque.
O embaixador dos Estados Unidos em Israel condenou o atentado. “Ataque terrorista abominável em Jerusalém esta manhã. Condenamos inequivocamente essa violência brutal”, disse Jack Lew.
As condições do cessar-fogo, incluindo a interrupção das hostilidades e a entrada de ajuda humanitária, permanecem as mesmas, de acordo com um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Qatar. O emirado tem sido um mediador importante entre os lados, juntamente com o Egito e os Estados Unidos.