O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 28, exercícios militares conjuntos de “caráter defensivo” no Oceano Atlântico. A ação venezuelana ocorre em resposta à anunciada chegada de um navio da Marinha do Reino Unido às costas da Guiana.
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Os dois países da região mantêm uma disputa territorial por uma zona rica em petróleo e minerais. Maduro reivindica como parte do território venezuelano a Região de Essequibo. Há mais de um século, a comunidade internacional considera a região como parte Guiana — que foi colônia britânica até 1966. No início de dezembro, o ditador chegou a realizar um plebiscito para forjar apoio popular em prol da anexação da área.
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“Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Militar Bolivariana sobre o Caribe oriental da Venezuela”, anunciou Maduro. Ele definiu o envio de um navio britânico à Guiana como uma “provocação”. “Ação sobre a região do Atlântico e uma ação conjunta de caráter defensivo como resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania de nosso país.”
Ele disse que a presença do navio britânico é uma violação do acordo feito em meados de dezembro em San Vicente, nas Granadinas, onde foi abordada a disputa territorial.
Ditador da Venezuela, que deseja invadir a Guiana, fala em “paz”
“Acreditamos na diplomacia, no diálogo, na paz, mas ninguém deve ameaçar a Venezuela”, afirmou Maduro. A declaração do ditador ocorreu depois de uma demonstração militar transmitida ao vivo.
O ditador venezuelano classificou a presença do navio britânico na região como “uma ameaça do decadente putrefato Império do Reino Unido“. Não se sabe até agora a reação da Guiana nem do Reino Unido à ação militar da Venezuela.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da agência de notícias Associated Press