A Defesa Civil de Maceió informou, na manhã deste sábado, 9, que a mina 18 da mineradora Braskem afundou quase 10 centímetros, em 24 horas.
A velocidade do deslocamento aumentou significativamente, desde a medição mais recente, realizada na sexta-feira 8, passando de 0,21 para 0,35 centímetro, por hora.
O rebaixamento acumulado do solo passou para 2,16 metros. Por causa disso, a Defesa Civil manteve o nível de alerta para o risco de colapso da mina, que fica na área do antigo campo do clube CSA, no bairro Mutange, na região oeste da capital alagoana.
“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil”, alertou o órgão.
A recomendação é de que a população não transite na área desocupada até que o órgão emita uma nova atualização. Enquanto isso, são aplicadas medidas de monitoramento e controle.
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Risco de colapso na região da mina
Um comunicado conjunto, divulgado pelas coordenações de Defesa Civil municipal, estadual e federal, na sexta-feira, revelou que o risco de colapso do solo “atinge restritamente uma área com diâmetro aproximado de 78 metros, correspondente a três vezes o raio da cavidade 18”.
Já a mineradora Braskem declarou, por meio de nota, que “continua mobilizada e informa que a área de serviço na região está isolada. A desocupação completa dessa área foi concluída em abril de 2020”.
A empresa também afirmou que o monitoramento sísmico continua com todos os dados compartilhados com as autoridades em tempo real.
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O caso
O desastre em Maceió foi provocado pela exploração de sal-gema, em jazidas no subsolo abertas pela Braskem.
O sal-gema é um tipo de mineral usado na indústria química. Falhas graves no processo de mineração causaram instabilidade no solo.
Pelo menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, devido a tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis.
Nas últimas semanas, o risco iminente de colapso do solo tem mobilizado autoridades.