O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e o chanceler da França, Michel Barnier, pronunciaram-se neste sábado (28), um dia após o ataque ao QG do Hezbollah em Beirute que matou o líder da milícia libanesa, Hassan Nasrallah, 64.
Em um comunicado, Khamenei pediu aos muçulmanos para apoiarem o povo do Líbano e o “orgulhoso Hezbollah” com todos os meios possíveis para ajudá-los a enfrentar o “regime perverso” de Israel. “O destino desta região será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”, afirmou, segundo a mídia estatal iraniana.
“O massacre de pessoas indefesas no Líbano revelou, mais uma vez, a ferocidade do cão raivoso sionista, provou a estreiteza de visão da estúpida política dos líderes do regime usurpador”, seguiu o líder supremo.
O conflito entre Israel e Líbano, que ocorre na fronteira entre os dois países desde o início da guerra na Faixa de Gaza, foi elevado a um novo patamar na semana passada, quando pagers de membros do Hezbollah explodiram em uma gigante ação coordenada.
O assassinato de Nasrallah é o momento mais dramático entre as duas nações em 18 anos. O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, afirmou neste sábado que a situação no Oriente Médio é “extremamente grave”, segundo o jornal Le Monde. “Estamos acompanhando essas situações trágicas e também estamos preocupados com a segurança dos nossos compatriotas no local”, disse o político.
A primeira-ministra da Itália, por sua vez, Giorgia Meloni, está em contato com seu gabinete para tratar sobre a crise no Líbano, segundo um comunicado do governo. “A Itália reafirma, em linha com a posição até agora defendida, a necessidade de todos os esforços diplomáticos para reiniciar os canais de diálogo entre as partes em conflito”, diz a nota.