Vale a pena jogar Ragnarok Origins? Testamos o novo game da franquia – EERBONUS
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Vale a pena jogar Ragnarok Origins? Testamos o novo game da franquia

Se chegou até aqui, há grandes chances de que, assim como eu, tenha jogado bastante Ragnarök Online. O game foi praticamente a porta de entrada para muitas pessoas no mundo dos MMORPGs (me incluo nesse pacote), além de criar vários laços de amizades existentes até hoje.

Entretanto, uma coisa é certa: por mais que o game original tenha um espaço cativo em nossas memórias, suas mecânicas não envelheceram tão bem. Só para reativar uma memória: você teria paciência para gastar dezenas de horas evoluindo do nível 98 para o 99? Certamente não.

É aí que entra Ragnarök Origins, nova versão do game para PC e mobile que revigora totalmente a experiência original. Está curioso em saber como? Então, “let’s rök!”.

Ragnarök Origins promete boas doses de aventuras para novos jogadores e fãs de velha data. (Fonte: Voxel/Reprodução)Fonte:  Voxel/Reproudção 

Admirável mundo novo

Você pode ter decorado o mapa da Rune-Midgard do antigo Ragnarök Online, mas acredite: o que você vai ver em Ragnarök Origins é totalmente diferente. E muito disso nem diz respeito à ambientação, já que Prontera, Geffen e Payon seguem firmes e fortes. Porém, o que está no interior delas é o que chama a atenção.

Para começar, todos os ambientes apresentam personagens que possuem vida. Ao andar por Prontera, por exemplo, é possível ver que alguns dos guardas andam pelas ruas fazendo patrulha, algo que não acontecia no game original.

Outro ponto importante é que NPCs importantes (inclusive o seu avatar) contam com dublagem. Isso ajuda a mergulhar ainda mais nas histórias de algumas missões, especialmente quando percebemos que todo esse conteúdo, inclusive as falas, está localizado para o português do Brasil.

As próprias Kafras interagem por meio de voz, e o jogo também ganhou um sistema de clima dinâmico com passagem de dia para noite e até mesmo chuva. Nessa situações, por exemplo, as personagens responsáveis por guardar itens e salvar o jogo abrem seus guarda-chuvas para se abrigar, enquanto outros NPCs esboçam reações diferentes.

Apenas isso já é o bastante para fazer de Ragnarök Origins um jogo novo. Porém, ele apresenta ainda mais elementos em seu pacote.

Áreas já conhecidas do game ganham vida nova em Ragnarök Origins, como os Esgotos de Prontera. (Fonte: Voxel/Reprodução)Áreas já conhecidas do game ganham vida nova em Ragnarök Origins, como os Esgotos de Prontera. (Fonte: Voxel/Reprodução)Fonte:  Voxel/Reprodução 

Evolução assistida

Lembro que meus primeiros momentos em Ragnarök Online, lá em 2004, foram bem complicados, já que o jogo não ajudava muito os novatos que desembarcavam em Rune-Midgard. Para refrescar a memória: bem no início, você respondia algumas perguntas que direcionavam para uma classe. Caso aceitasse, era enviado para a cidade daquela vocação.

Desse ponto em diante, não havia muito o que fazer, a não ser lutar, lutar e lutar. Eu fiquei praticamente o primeiro mês inteiro enfurnado na caverna de Payon até alcançar o nível 35 com meu Arqueiro e achar que estava forte. Isso mudou quando fui atropelado por um Argiope.

Alguns anos depois as coisas melhoraram com o Campo dos Aprendizes, mas tivemos que esperar bastante por isso. Em contrapartida, Ragnarök Origins já começa bem mais dinâmico nesse sentido.

Missões passam a ser o principal atrativo para evoluir em Ragnarök Origins. (Fonte: Voxel/Reprodução)Missões passam a ser o principal atrativo para evoluir em Ragnarök Origins. (Fonte: Voxel/Reprodução)Fonte:  Voxel/Reprodução 

O novo game já o coloca em uma área da qual você sai com sua primeira classe habilitada em minutos. Nela, também é possível aprender o básico sobre os comandos de ataque, adquirir as primeiras habilidades (Primeiros Socorros e Fingir de Morto, que no original precisavam de quests para desbloquear) e entender mais sobre o universo do jogo.

Ao deixar essa área e realizar o teste de classe, você já tem acesso a missões de história, de aventura e muitas outras que concedem bastante experiência para evoluir. Dessa forma, é possível transitar entre essas quests sem se prender tanto à matança desenfreada de monstros como no passado.

Para ajudar mais nesse sentido, Ragnarök Origins tem um sistema de navegação automática que ajuda a concluir essas missões mais rápido. Caso não queira se deslocar por conta própria, basta recorrer a ele para ir aos pontos de interesse mais rápido e concluir suas quests.

Lutar ao lado de amigos (e desconhecidos) continua o ponto alto de Ragnarök Origins. (Fonte: Voxel/Reprodução)Lutar ao lado de amigos (e desconhecidos) continua o ponto alto de Ragnarök Origins. (Fonte: Voxel/Reprodução)Fonte:  Voxel/Reprodução 

Novidades e mais novidades

O novo universo trazido por Ragnarök Origins também conta com mais melhorias. Os pets, por exemplo, concedem bônus de atributo e possuem participação ativa na batalha, todos divididos em categorias como tanque, DPS e suporte.

Sobre a evolução, quem se aventurar por aqui poderá evoluir seu personagem até a classe 3. Transclasses ainda não estão disponíveis, mas devem dar as caras no game em algum momento futuro.

O game ainda apresenta um sistema de criação de itens, possibilidade de melhoria de armas e armaduras e até mesmo cartas para melhorar os atributos. Aliás, aqui é preciso fazer uma ressalva.

Ragnarök Origins é um game gratuito, mas que se mantém com a venda de itens. Além de consumíveis, também existe a possibilidade de tentar a sorte no famigerado sistema de gacha para conseguir cartas. E, infelizmente, algumas delas são bem fortes, como a Hydra, que aumenta o dano contra Humanóides em 20% (e é excelente para a Guerra do Emperium, que ainda não está ativa).

Sistema de gacha pode desequilibrar um pouco a balança de Ragnarök Origins. (Fonte: Voxel/Reprodução)Sistema de gacha pode desequilibrar um pouco a balança de Ragnarök Origins. (Fonte: Voxel/Reprodução)Fonte:  Voxel/Reprodução 

Ainda que as chances de obtê-las sejam baixas, esse sistema pode fazer algumas pessoas torcerem o nariz. Afinal, um jogador com mais dinheiro pode dar sorte e colocar as mãos em cartas realmente valiosas sem muito esforço.

Outro ponto negativo é que a barra de habilidades conta com espaço para apenas sete movimentos especiais. Para classes de ataque é possível se virar, mas Sacerdotes e Bruxos podem passar por algum aperto pela falta de slots extras. Também não há atalhos de ativação nas famosas teclas “F” da parte de cima do teclado.

Vale a pena?

Mesmo com a ressalva acima, algumas horas de jogo mostra que Ragnarök Origins vale o seu tempo livre. Novos jogadores encontrarão um clássico com cara nova, enquanto fãs de longa data vão se sentir em uma casa nova revendo elementos e matando saudades de coisas que estavam na memória.

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