A Ucrânia e a Rússia fizeram uma troca de prisioneiros envolvendo 115 soldados cativos de cada lado, anunciaram neste sábado (24) Moscou, Kiev, além dos Emirados Árabes Unidos, que mediaram o acordo entre as partes em conflito.
Com 230 soldados libertados no total, trata-se da maior troca de prisioneiros desde janeiro deste ano, quando cada lado recebeu 195 homens. No mês passado, outro acordo permitiu que 190 prisioneiros no total voltassem a seus países.
Milhares de soldados foram libertados em mais de 50 trocas desde o começo da invasão russa, em fevereiro de 2022. Em julho, os dois países disseram que os prisioneiros libertados estavam doentes e precisariam passar por avaliação psicológica.
A troca deste sábado é a primeira desde que a Ucrânia invadiu a região russa de Kursk no último dia 6. De acordo com o Kremlin, os soldados russos soltos haviam sido capturados durante essa ofensiva. Já os ucranianos estavam na chamada batalha de Mariupol, em 2022, entre outras.
O Ministério de Defesa da Rússia agradeceu aos Emirados Árabes Unidos pela mediação, dizendo que os soldados russos agora estão na Belarus e que receberão tratamento médico assim que voltarem ao país.
Já o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, agradeceu às Forças Armadas de seu país pelos esforços na captura de mais soldados russos, em ações que teriam tornado possível o novo acordo.
Os Emirados Árabes Unidos disseram que, com a troca deste sábado, o número total de cativos liberados por meio de mediação de Abu Dhabi chegou a 1.788 —foram sete trocas até aqui.
Em janeiro deste ano, um avião militar russo com 65 prisioneiros ucranianos que seriam libertados caiu na região de Belgorodo. Todos morreram, e Moscou acusou Kiev de derrubar a aeronave.