O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (19) que conversou por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e prometeu acabar com a guerra por meio de negociações entre Kiev e Moscou.
O republicano costuma atacar seu adversário, Joe Biden, dizendo que o russo Vladimir Putin nunca teria invadido a Ucrânia se ele, Trump, fosse presidente. O empresário fez uma publicação na rede social Truth afirmando que a conversa com Zelenski foi “muito boa” e prometeu, se eleito, acabar com a guerra antes mesmo de tomar posse em janeiro de 2025.
Zelenski também se pronunciou sobre a ligação, agradecendo mais uma vez pelo auxílio militar americano desde o início da guerra, mas sem mencionar negociações para encerrar o conflito. Republicanos alinhados à Trump no Congresso americano são contra o apoio de Washington a Kiev e foram responsáveis, por meio de obstruções no Legislativo, por um atraso de meses na entrega de novas armas e munições ao país invadido.
O presidente ucraniano disse que deu os parabéns a Trump por ter sido nomeado oficialmente candidato pelo Partido Republicano e condenou o atentado contra o ex-presidente no último sábado (13). “Desejei a ele força e segurança no futuro, e mencionei o apoio bipartidário do governo americano à nossa liberdade e independência”, concluiu Zelenski.
Na sua publicação, Trump disse que, como presidente, ele vai “trazer paz ao mundo e acabar com a guerra que já custou tantas vidas”. “Os dois lados vão poder sentar, conversar e negociar um acordo que vai pôr fim à violência e construir um caminho em direção à prosperidade”, prosseguiu.
O candidato republicano não deixou claro que propostas pretende apresentar para encerrar o conflito. Entretanto, em uma entrevista à agência de notícias Reuters em 2023, disse que a Ucrânia pode ter que ceder território para chegar a um acordo de paz.
A possibilidade é rejeitada veementemente por Kiev, que dizem ainda não ser possível negociar com a Rússia enquanto tropas de Moscou estiverem em solo ucraniano.