A Força Interina da ONU no Líbano, Unifil, disse estar profundamente preocupada com atividades recentes das forças de Defesa de Israel, IDF, em locais imediatamente próximos à chamada posição 6-52 da missão de paz.
Um comunicado publicado nas últimas horas de domingo se refere à área localizada ao sudeste de Marun ar Ras, no setor oeste, dentro do território libanês. Nesse local, agências de notícias informaram que tropas e equipamentos teriam sido posicionados ao lado do posto avançado irlandês.
Canais regulares
A operação de paz realça que as IDF foram repetidamente informadas sobre esta situação por meio de canais regulares.
Para a Unifil, este desenvolvimento é “extremamente perigoso”, sendo inaceitável comprometer a segurança dos soldados da paz da ONU que realizam suas tarefas mandatadas pelo Conselho de Segurança”.
O apelo feito a todos os envolvidos é que se lembrem de suas obrigações de proteger o pessoal e a propriedade da ONU.
No terreno, a Programa Mundial de Alimentos, PMA, informou neste fim de semana que está canalizando mais ajuda após ter alcançado pela primeira vez a área de Tyre no sul do Líbano.
Apoio aos necessitados
A quantidade de produtos é composta por 1.150 pacotes de alimentos para 15 dias e 1,2 mil pães para apoiar os necessitados.
Na área, o alto comissário da ONU para Refugiados, Fillipo Grandi, apelou pelo apoio humanitário urgente e pelo “fim do derramamento de sangue no Líbano”.
Ao visitar o território libanês, ele se encontrou com o primeiro-ministro, Najib Mikati, e outros altos funcionários, incluindo das Nações Unidas, bem como deslocados.
De acordo com a ONU Mulheres, entre os deslocados pelo conflito estão até 530 mil mulheres até o fim de setembro. O total representa cerca de 53% dos desalojados.
Mulheres e meninas
Estima-se que o aumento da violência tenha levado cerca de 20 mil refugiados palestinos a movimentar-se à força, após ataques aéreos a acampamentos atribuídos a forças israelenses.
A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, reúne mais de 4,3 mil desalojados em seus novos abrigos de emergência, incluindo refugiados palestinos, libaneses e sírios.
Já a Organização Internacional para Migrações, OIM, destaca que o sofrimento das vítimas é “impressionante” e será sentido por décadas, tanto no Líbano como em Gaza.
A dimensão da perda de vidas, da destruição em massa e do deslocamento forçado não têm precedentes, segundo uma nota da agência que pede uma “solução política justa” que defenda os civis.