Neste 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco é marcado por ações de jovens junto aos governos para protegê-los das táticas predatórias de marketing do produto. Estima-se que as companhias do setor gastem mais de US$ 8 bilhões na promoção.
Dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, indicam haver mais de 37 milhões de consumidores de tabaco entre os 13 e os 15 anos. Crianças e adolescentes usando cigarros eletrônicos pelo menos dobram a possibilidade de fumar.
Onda de dependência
A agência aponta que a indústria tem por alvo jovens ao criar “uma onda de dependência” na procura de lucros para toda a vida. A OMS chama a atenção para a alta taxa de uso de cigarros eletrônicos por crianças em relação aos adultos.
A reflexão feita na data aborda práticas comerciais das empresas de tabaco, ações globais para combater a epidemia e o que deve ser feito “pelo direito à saúde, por uma vida saudável e para proteger as futuras gerações”.
O Dia Mundial Sem Tabaco foi proclamado pela OMS em 1987 para chamar a atenção global para a epidemia do tabaco, além das mortes e doenças evitáveis associadas ao produto. A resolução adotando a data defende “um dia mundial contra o fumo”.
Mais de 8 milhões mortes
Estima-se que o mundo tenha 1,3 bilhões de consumidores de tabaco. Por ano, a substância causa cerca de 8 milhões mortes, sendo que 7 milhões são fumantes ativos e mais de 1 milhão passivos.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, a expectativa de vida dos fumantes é pelo menos 10 anos inferior à das que não fumam.
O tabaco é apontado como “o único produto de consumo legal que mata até metade dos seus utilizadores, mesmo quando usado como é recomendado pelo fabricante.”
O impacto negativo da indústria é reconhecido em campos como saúde física e mental, sustentabilidade, poluição por plásticos, destruição ambiental, alterações climáticas, trabalho infantil, pobreza e desigualdade.
Medidas para desencorajar o uso do tabaco
A OMS enfatiza o potencial de grupos de jovens em todo o mundo para exigir que seus governos implementem medidas para evitar o uso do tabaco e a dependência da nicotina.
A agência destaca ainda que os mais novos podem exigir que empresas tabaqueiras sejam acusadas e financeiramente responsáveis pelos danos causados pelas suas atividades ocorridas no passado, presente e futuro.
A referência em ações cabendo aos governos é a Convenção-Quadro da OMS para o controle do tabaco prevendo o respeito e execução das proibições e diretrizes contra a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco além-fronteiras.