Sistema humanitário “à beira de um colapso total” em Gaza, alerta Guterres – EERBONUS
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Sistema humanitário “à beira de um colapso total” em Gaza, alerta Guterres

Com o sistema humanitário em Gaza à beira do “colapso total”, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou mais uma vez nesta sexta-feira pelo aumento na entrada de ajuda humanitário no enclave, onde “a miséria está crescendo a cada minuto”.

Em comunicado, Guterres alertou que com a falta de combustível, as Nações Unidas “não serão capazes de continuar a entregar ajuda em Gaza sem uma mudança imediata e fundamental na forma como a ajuda está chegando”, o que teria “consequências inimagináveis” para mais de 2 milhões de civis.

Palestinos fazem fila por água em Gaza

Fornecimento de combustível crucial

Os suprimentos que têm chegado não incluem combustível para as operações da ONU, que é essencial para energia em hospitais, usinas de dessalinização de água, produção de alimentos e distribuição de ajuda.

Ele observou que cerca de 500 caminhões por dia estavam entrando em Gaza antes do início da violência, em comparação com uma média recente de 12 caminhões por dia, “apesar das necessidades serem muito maiores do que em qualquer outro momento.” 

Para Guterres, a ajuda humanitária deve chegar a todos os civis de forma rápida, segura e em grande escala.

Ele pediu que o sistema de verificação para o movimento de mercadorias através da passagem de Rafah, do Egito, seja ajustado para permitir a entrada de mais caminhões rapidamente.

Famílias reunidas na passagem de Rafah na esperança de deixar Gaza

Famílias reunidas na passagem de Rafah na esperança de deixar Gaza

Momento de verdade

O secretário-geral elogiou o crescente consenso global por uma pausa humanitária no conflito e reforçou seu apelo por um cessar-fogo humanitário.

Ele ainda pediu a libertação incondicional de todos os reféns e a entrega de suprimentos que salvam vidas na escala necessária.

O chefe da ONU alertou que, sem uma mudança fundamental, o povo de Gaza enfrentará uma avalanche sem precedentes de sofrimento humano.

“Todos devem assumir suas responsabilidades. Este é um momento de verdade. A história está nos julgando todos nós”, conclui.

 

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