“Eu quero fazer história e ser o brasileiro mais vencedor da história do clube. Quero ganhar títulos e mostrar todo meu potencial, mostrar tudo que eu posso fazer.”
Essa frase é do atacante Estêvão, do Palmeiras e da seleção brasileira, pinçada de entrevista recente concedida ao site Transfermarkt.
O clube em questão é o Chelsea, da Inglaterra, com quem o jogador de 17 anos, outrora apelidado de Messinho, já está negociado.
A equipe londrina que veste azul desembolsou 34 milhões de euros (R$ 207,7 milhões pelo câmbio atual) na metade deste ano para tê-lo a partir da metade do ano que vem, depois que ele tiver completado 18 anos.
Considero o magrelo Estêvão (1,76 m, 62 kg), hábil canhoto que atua pela ponta direita, o maior talento nacional do momento, entre os da sua faixa etária. Joga muito.
Ganhou a titularidade do Palmeiras para o Campeonato Brasileiro e é o artilheiro não só do time, mas da competição, com 12 gols em 27 partidas –começou jogando 22 delas.
É também o líder em assistências (passes que resultam em gol) do Brasileiro, com oito, empatado com o meia argentino Rodrigo Garro, 26, do Corinthians, que fez cinco gols a menos.
Foi de Estêvão o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, na sexta-feira (8), que serviu para diminuir, ao fim da 33ª rodada (de um total de 38), para 4 pontos a diferença do Palmeiras para o líder, o Botafogo.
Com a cabeça ainda por aqui, mas ao mesmo tempo lá, tanto que fala desde já em mostrar, quando na Europa, do que é capaz, Estêvão sonha alto, com muitos títulos, mais do que qualquer outro brasileiro obteve pelo Chelsea.
Algo possível… desde que permaneça nos Blues por um tempo adequado para viabilizar a meta, sem ser negociado.
O vínculo do camisa 41 do alviverde com o time da capital inglesa é longo, vai até 2033, com salário não divulgado –o atual, a depender da fonte (não oficial) consultada, é de R$ 35 mil ou de R$ 100 mil por mês.
O idealizado recorde não virá na primeira temporada, quando, caso faça parte do elenco principal e tenha chance de atuar, Estêvão poderá, no máximo, conquistar cinco títulos: Campeonato Inglês (Premier League), Copa da Inglaterra, Copa da Liga Inglesa, Supercopa da Inglaterra e Champions League (ou Liga Europa ou Liga Conferência).
Os três primeiros torneios, o Chelsea disputará com certeza na temporada 2025/2026.
Os outros, dependerá de nesta temporada ganhar a Liga Conferência (interclubes europeu que assegura disputar a Liga Europa), de vencer o Campeonato Inglês ou a Copa da Inglaterra (que garante estar na Supercopa da Inglaterra) e da classificação final na atual Premier League (que dá vagas para Champions League, Liga Europa e Liga Conferência, podendo jogar apenas uma delas).
Mesmo acontecendo o extremamente improvável –o time erguer as cinco taças–, o paulista de Franca não seria o brasileiro mais vitorioso pelo Chelsea.
Estêvão é o 20º brasuca a ser contratado pela equipe. O primeiro, em 1999, foi o zagueiro gaúcho Emerson Thome, que parou de jogar em 2007 –tem hoje 52 anos.
Quem mais títulos amealhou entre os demais 18? Não foi o ex-lateral Filipe Luís, atual técnico do Flamengo, nem o zagueiro Thiago Silva, que voltou ao Brasil para, em fim de carreira, jogar novamente pelo Fluminense.
O nome dele é bastante conhecido: David Luiz, ex-seleção brasileira como os mencionados no parágrafo anterior, zagueiro titular do Brasil na Copa de 2014, que aos 37 anos continua na ativa, pelo Flamengo.
David Luiz teve duas passagens pelo Chelsea (2011 a 2014 e 2016 a 2019), e nelas somou seis troféus: um Campeonato Inglês, duas Copas da Inglaterra, uma Champions League e duas Ligas Europa.
Assim, em se tratando de títulos no Chelsea, sete é o “número mágico” para Estêvão. Chegando a ele, será isoladamente o brasileiro mais vezes campeão com a camisa do clube.
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