O deputado dos Estados Unidos Chris Smith, enviou uma carta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em que afirma que há “alarmantes relatos” de perseguição política, falta de liberdade de expressão e má conduta judicial no Brasil.
No documento, ele faz uma série de questionamentos e pergunta se Moraes “observou o devido processo legal” e se ordenou que jornalistas fossem censurados.
O documento também foi encaminhado à presidência do STF, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia.
Apoiador do ex-presidente Donald Trump e alinhado no Brasil com apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), Smith propôs e conduziu uma audiência no Congresso americano sobre o Brasil no mês passado.
O congressista é presidente do subcomitê de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais, vinculado ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara, por meio do qual a audiência foi realizada.
O evento acabou virando um embate entre bolsonaristas, que alegam sofrer perseguição e censura, e democratas, que veem nas denúncias paralelos com o discurso do ex-presidente americano Donald Trump e seus apoiadores.
“Depoimentos apresentados na audiência forneceram fatos e evidências credíveis e desenharam um quadro profundamente perturbador do estado da democracia e dos direitos humanos no Brasil”, afirma Smith na carta enviada a Moraes.
“Você solicitou dados ou emitiu ordens contra empresas ou indivíduos que não estão sob sua jurisdição geográfica?”, questiona o republicano.
E segue: “Você tem conhecimento da emissão de quaisquer ordens que resultaram no fechamento ou na suspensão das operações de veículos de comunicação no Brasil?”.
“Em suas investigações e processos, você observou o devido processo legal, incluindo a notificação e a citação devidamente exigidas nos casos de indivíduos residentes dos Estados Unidos?”, indaga ainda o norte-americano.
Ele pede que Moraes responda aos questionamentos no período de dez dias.
Uma comitiva de nomes conservadores e ligados a Bolsonaro viajou aos EUA para participar da audiência e denunciar uma suposta crise da democracia no Brasil.
Entre as pessoas ouvidas estavam o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, o CEO da rede social conservadora Rumble, Chris Pavlovski, e o jornalista americano Michael Shellenberger, que divulgou os arquivos do Twitter relacionados ao Brasil, em abril.
A deputada republicana Maria Salazar chegou a mostrar uma foto de Moraes durante a sessão. Ela chamou o presidente Lula (PT) de socialista e questionou se o ministro do STF não seria uma espécie de fantoche do petista ou se haveria algum tipo de conluio entre eles.
A sala lotou com nomes da direita brasileira, entre eles o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o blogueiro Allan dos Santos, o ex-comentarista da Jovem Pan Rodrigo Constantino e o deputado federal cassado e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol.
TABLADO
A cantora Zélia Duncan e a mulher, a designer Flávia Pedras Soares, prestigiaram a pré-estreia da peça “O Marinheiro” no Espaço Ateliê Cênico, na capital paulista, na noite de terça (18). O diretor da montagem, Elias Andreato, compareceu. O ator Cassio Scapin esteve lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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