O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, caiu 0,5% este mês, em relação a setembro. Segundo a agência da ONU, os produtos lácteos foram os únicos que registraram aumento.
O número, que acompanha as mudanças mensais nos preços internacionais de um conjunto de commodities alimentícias comercializadas globalmente, teve uma média de 120,6 pontos em outubro, uma queda de 10,9% em relação ao valor correspondente do ano anterior.
Cereais e óleos vegetais
O Índice de Preços dos cereais da FAO caiu 1% em relação ao mês anterior. Os preços internacionais do arroz caíram 2%, com a demanda global geralmente fraca.
Já o trigo caiu 1,9%, devido ao forte fornecimento dos Estados Unidos e competição entre exportadores.
Por outro lado, as cotações de grãos grossos subiram ligeiramente, lideradas pelo milho, devido ao esgotamento dos estoques na Argentina.
O preço dos óleos vegetais da FAO diminuiu 0,7% em relação a setembro, devido aos preços mais baixos do óleo de palma no mundo. Isso ocorreu por causa de uma produção sazonalmente mais alta aliada a uma demanda global fraca. Essa situação compensou os preços mais altos dos óleos de soja, girassol e colza.
Os preços do óleo de soja subiram devido à demanda robusta do setor de biodiesel.
Açúcar e carne
O açúcar caiu 2,2%, mas permaneceu 46,6% acima do nível do ano anterior. A queda em outubro foi principalmente impulsionada por um forte ritmo de produção no Brasil, embora preocupações com uma perspectiva de oferta global mais apertada no próximo ano tenham limitado a queda.
A carne caiu 0,6%, devido à demanda de importações lenta, especialmente da Ásia Oriental, o que levou a uma queda nos preços internacionais da carne suína, compensando pequenos aumentos nos preços de carne de frango, bovina e ovina.
Laticínios
Em uma tendência contrastante, os laticínios subiram 2,2% em outubro, encerrando uma queda de nove meses.
Os preços do leite em pó no mundo subiram mais devido à forte demanda de importação para suprimentos de curto e longo prazo, bem como alguma incerteza sobre o impacto das condições climáticas do El Niño na próxima produção de leite na Oceania.