Diversos políticos se manifestaram nas redes sociais sobre Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, de 46 anos, que morreu nesta segunda-feira, 20. Ele era um dos presos do Complexo da Papuda, em Brasília (DF), e não resistiu a um mal súbito.
O ex-vice-presidente da república Hamilton Mourão cobrou, em seu Twitter/X, uma investigação minuciosa para que a morte seja esclarecida. O parlamentar ainda considerou absurdo o homem ter sido mantido preso — mesmo depois de um parecer favorável da Justiça para que ele fosse solto em setembro.
O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto lamentou a morte e desejou solidariedade para a família do manifestante.
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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) também lamentou a morte e lembrou do Projeto de Emenda da Constituição (PEC) 8/2021 que limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele também ressaltou que Clezão possuía um parecer favorável para soltura, em virtude problemas de saúde. O senador oficializou o secretário de administração penitenciária do Distrito Federal para pedir esclarecimentos sobre a morte.
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) prestou solidariedade à família de Cleriston e também comentou o pedido de liberdade que não foi analisado pelo Supremo.
Assim como os senadores, a ex-procuradora do DF e deputada federal Bia Kicis (PL-DF) lamentou a morte e comentou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Clezão pudesse ficar em prisão domiciliar.
“Isso mostra a falência total do nosso sistema processual penal”, disse a parlamentar, em vídeo publicado no Twitter/X. “Porque esses presos, diferentemente de outros réus condenados, que ainda respondem em liberdade, Clezão não tinha nenhuma sentença. E, pior, não foi observado o devido processo legal.”
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também se manifestou sobre a morte. Em suas redes sociais, ela prestou solidariedade à família de Clezão e lembrou que ele deveria estar em liberdade, porque havia uma manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) à sua liberação.
Entenda o caso que envolve Clezão
Cleriston da Cunha, o Clezão, morreu às 10h58, depois de um “mal súbito durante o banho de sol” na Papuda. Oeste apurou que o Corpo de Bombeiros esteve no local, mas não conseguiu reanimá-lo.
De acordo com laudos médicos obtidos pela reportagem, Clezão sofria de diabetes e hipertensão. Por isso, tomava medicação controlada. Ele também teve seis atendimentos médicos entre janeiro e maio.
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Clezão, como era conhecido, tinha um parecer favorável à sua soltura, desde setembro, da PGR — autora da denúncia contra os réus. A polícia o prendeu no Senado. Mas o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, não analisou o pedido.