Depois de falar em mudar o “centro de gravidade” da guerra no Oriente Médio para o norte, Israel atingiu 1.100 alvos no Líbano nesta segunda-feira (23). Ao menos 492 pessoas morreram, 1.600 ficaram feridas e 26 mil tiveram que sair de casa.
Israel diz mirar o grupo fundamentalista Hezbollah, de forma a dissuadir ataques e permitir que os moradores do norte do país voltem para casa. O premiê Binyamin Netanyahu disse que a guerra não é contra os libaneses —e acusou o Hezbollah de usar civis como escudos humanos.
A situação tem escalado desde a semana passada, quando duas ações atribuídas a Tel Aviv explodiram pagers e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah. O grupo chamou o caso de “a maior falha de segurança” na história recente e prometeu vingança. Depois, intensificou os ataques a Israel. O Hezbollah é aliado do Hamas, e ambos têm apoio do Irã; o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, acusou Tel Aviv de buscar uma guerra total.
O Café da Manhã desta terça-feira (24) fala da nova escalada entre Israel e Hezbollah. O cientista político Hussein Kalout, pesquisador da Universidade Harvard e ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência no governo Michel Temer (MDB), trata dos objetivos de Tel Aviv em ampliar o conflito e analisa o risco de a guerra se tornar total no Oriente Médio.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Lucas Monteiro e Paola Ferreira Rosa. A edição de som é de Raphael Concli e Thomé Granemann.