O Brasil comemorou o que considerou uma vitória diplomática ao término do encontro de ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do G20, no Rio de Janeiro, na sexta (26). O comunicado do evento faz uma menção à taxação de super-ricos, uma das bandeiras do país para o mandato à frente do colegiado neste ano.
O governo Lula defende no grupo das maiores economias do mundo uma proposta elaborada pelo economista francês Gabriel Zucman —que prevê uma cobrança mínima de 2% sobre o patrimônio dos super-ricos.
Em meio a resistências de países como os EUA, o texto do G20 não tem uma promessa de implantação de um sistema internacional para tributar bilionários, mas afirma que os países-membros concordam em promover estudos para uma taxação mais igualitária. E uma declaração específica sobre temas tributários traz trechos mais firmes, dizendo ser importante que os super-ricos paguem uma parcela justa em impostos.
O episódio desta segunda-feira (29) do Café da Manhã trata do debate sobre taxar grandes fortunas de forma global. Os repórteres da Folha Ricardo Della Coletta e Júlia Moura, que acompanharam o evento do G20 no Rio, contam os bastidores das negociações. E a economista Laura Carvalho, professora da USP e diretora de prosperidade econômica e climática da OpenSociety Foundation, explica no que consiste a proposta que o Brasil defende e discute as vantagens e limitações do projeto.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Thaisa Oliveira, com produção de Carolina Moraes e Lucas Monteiro. A edição de som é de Lucas Monteiro e Thomé Granemann.