Um dia depois da vitória nas urnas, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, reafirmou nesta segunda-feira (20) promessas de campanha —como a intenção de privatizar “tudo o que puder” e acabar com o Banco Central— e anunciou os primeiros nomes do gabinete. Segundo ele, novas indicações, incluindo a mais aguardada, o titular da Economia, devem ficar para o dia da posse.
A reação do mercado à eleição do ultraliberal anarcocapitalista será conhecida nesta terça (21), quando haverá operações pela primeira vez depois do pleito —a segunda foi feriado na Argentina. A economia é a principal preocupação no país, que vive uma crise severa, com inflação anual de 142%.
No lado do governo, Sergio Massa, o candidato derrotado no segundo turno, deve continuar como ministro da Economia. O atual presidente, o peronista Alberto Fernández, rejeitado por 80% da população, fica no cargo até 10 de dezembro, data da posse de Milei. Os dois, segundo o eleito, não devem se encontrar na transição.
No episódio desta terça, o Café da Manhã fala sobre as perspectivas para a Argentina depois da vitória de Javier Milei. A jornalista Júlia Barbon, correspondente da Folha em Buenos Aires, conta como foi o dia seguinte da eleição e o início da transição. E a cientista política Maria Hermínia Tavares, colunista da Folha, analisa o potencial das propostas de Milei e o futuro das relações entre Brasil e Argentina.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann e de Laila Mouallem.