Pelo segundo ano consecutivo, o Pix foi considerado o meio de pagamento mais utilizado no Brasil ao longo do ano. Ao longo de 2023, a transferência digital e instantânea dominou a preferência do público nacional.
O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (12) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central do Brasil.
Segundo o relatório, foram quase 42 bilhões de transações feitas nesse formato de pagamento, em um crescimento de 75% comparado com o mesmo período do ano anterior. Para efeitos de comparação, de acordo com a edição da pesquisa em 2022, 29% das transações no Brasil foram feitas com Pix.
O domínio do Pix no Brasil
Em quantidade de operações, o Pix aumentou a diferença na liderança em relação a outras modalidades, incluindo cartões de crédito ou débito e boleto bancário.
Ele foi mais popular até do que a soma das demais formas de pagamento disponíveis no país. Além disso, segundo o Banco Central, o volume de transações alcançou um valor recorde de R$ 17,2 trilhões em 2023.
A comparação do Pix com outras modalidades em 2022 e 2023.Fonte: Febraban
O único quesito em que o Pix não foi líder é o de valores totais nas transações. Como ele é preferido para pagamentos de pequeno porte, as transferências maiores são melhor distribuídas em outras alternativas.
A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é a forma de pagamento mais adotada para grandes valores. Mesmo levando até uma hora para cair na conta do destinatário, ele foi o mais usado para envios de grandes quantias e teve um tíquete médio — ou seja, a média entre os valores transferidos pelo brasileiro — de R$ 46 mil no ano passado.
Em volume de transações, TED ainda lidera disparado o ranking.Fonte: Febraban
Para efeitos de comparação, o Pix teve um tíquete médio de R$ 420. Já o boleto bancário, antes um favorito do público nacional, agora é só a quarta forma de pagamentos em quantidade de pagamentos e a terceira em valores.
Isso significa que ele até está em desuso, mas ainda é usado em especial para pagamentos de compras online, por exemplo.
A modalidade de pagamentos menos usada em 2023 foi o DOC e a sua variante corporativa para pagamento de benefícios, a TEC. Ambas foram até descontinuadas no começo de 2024, especialmente pela substituição delas pelo próprio Pix.