Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan encontraram um novo fator para a tendência de distração geral de uma pessoa, que pode estar associado ao TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Os achados foram publicados no científico PLOS ONE.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
A pesquisa contou com 1.220 participantes e analisou diferentes tipos de distrações.
Em estudos anteriores, foram explorados fatores de distração como estímulos externos, pensamentos negativos repetitivos ou devaneios, sugerindo que a tendência a tipos diferentes de distração poderiam ser captados matematicamente por um “fator de distração” abrangente.
Porém, essas pesquisas não consideraram uma série de outros fatores de distração, incluindo alguns associados ao TDAH.
Neste estudo, os pesquisadores pediram que os voluntários preenchessem uma série de questionários para entender os diferentes tipos de distrações e quais poderiam ser suas relações com o TDAH.
Os questionários avaliaram as tendências de experimentação de diferentes tipos de distração na rotina, como a dificuldade de concentração com uma TV ligada ou se perder em devaneios. Ainda, foram analisados sintomas de TDAH e hiperfoco (estado duradouro de concentração intensa, por vezes associado ao transtorno).
A partir dos resultados, foram percebidos três fatores diferentes que explicariam os padrões observados anteriormente: distração externa, pensamentos intrusivos indesejados e divagação mental. O estudo notou, também, que os três fatores poderiam se relacionar por um único motivo, de nível superior, chamado de “fator D”.
Após a descoberta, outras análises mostraram haver uma ligação entre o fator D e os sintomas do TDAH, assim como o hiperfoco, que poderia, então, refletir em partes a dificuldade de atenção.
Tais evidências podem ajudar na compreensão sobre a distração das pessoas e a relação com o TDAH.
“Uma descoberta crítica do nosso estudo é a identificação de um fator de ordem superior que poderia ser interpretado como representando um traço geral de distração. Pessoas com pontuação alta no traço de ‘distração geral’ distraem-se mais facilmente em muitas situações”, finalizaram os autores.