A trégua na guerra entre Israel e os terroristas do Hamas começou na última sexta-feira (24), e nos últimos dias quase cem reféns foram libertados e retornaram para suas famílias. A suspensão dos ataques, porém, ainda não é um sinal de cessar-fogo definitivo.
Autoridades israelenses estão dispostas a negociar, mas revelam que a guerra deve continuar em breve e deixam claro que o objetivo é eliminar o Hamas, que massacrou 1.200 pessoas no ataque de 7 de outubro e sequestrou pelo menos 240 civis e militares.
“Nos últimos dias, ouvi uma pergunta: depois de esgotada essa fase de devolução de nossos sequestrados, Israel voltará a lutar? A minha resposta é um inequívoco sim”, afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que destacou que a guerra tem apoio do governo, dos militares e do povo.
Segundo Netanyahu, assim que o conflito começou, há pouco mais de 50 dias, foram estabelecidos três objetivos: a eliminação do Hamas, o regresso de todos os reféns e a garantia de que Gaza nunca mais será uma ameaça para Israel.
Com esse planejamento, as Forças Armadas israelenses estão prontas para agir assim que for encerrada a trégua.
“As forças aéreas, terrestres e navais do Exército estão prontas para retomar os combates imediatamente”, garantiu o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Segundo Benny Gantz, líder da oposição e ministro do Gabinete de Guerra, as ofensivas para derrotar os terroristas deverão se expandir para todas as áreas da Faixa de Gaza.
Os bombardeios e as incursões acontecem principalmente ao norte, onde está localizada a cidade de Gaza, enquanto os civis foram aconselhados a fugir em direção ao sul.
Gantz afirmou a jornalistas que Israel mantém um “diálogo honesto e importante” com os Estados Unidos e outros países para explicar a necessidade de continuar com as operações militares.
O chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, aprovou os planos para a continuação das operações militares terrestres em Gaza: “Sabemos o que precisa ser feito e estamos prontos para o próximo passo”.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reunirá, ainda nesta quinta-feira (29), com Netanyahu em Tel Aviv e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, e deve discutir a ampliação da trégua ou uma nova, caso o conflito seja retomado ainda nesta semana.
A Casa Branca quer libertar americanos que estão com os terroristas. Nesse primeiro momento, nenhum militar e nenhum cidadão dos EUA deixaram os cativeiros subterrâneos em Gaza.
De acordo com o último dado divulgado pelas Forças de Defesa de Israel, há 159 pessoas em poder do Hamas.