A situação na Ucrânia foi foco de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança realizada neste sábado nas Nações Unidas em Nova Iorque.
A Rússia convocou o encontro após relatos de ataques a Belogorod, localizada a cerca de 40 km ao norte da fronteira entre os dois países e acolhendo mais de 300 mil pessoas.
Mísseis e foguetes
A sessão de emergência realizou-se menos de 24 horas após os 15 Estados-membros terem concordado com uma reunião sobre a Ucrânia, durante a qual o chefe da ONU condenou os ataques russos contra várias cidades e vilas do país.
A última sessão do órgão em 2023 segue-se a ataques aéreos que se consideram estar entre os maiores desde que iniciou a invasão russa ao país em fevereiro de 2022.
Na reunião discursou o secretário-geral assistente do Departamento de Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz para o Médio Oriente, Ásia e Pacífico, Mohamed Khaled Khiari. Ele destacou a prioridade das partes em proteger civis.
O representante ressaltou que a última contagem feita na Ucrânia dava conta de pelo menos 39 civis mortos no país, um total que aumentou ainda mais durante a noite.
Combates e derramamento de sangue
As autoridades russas anunciaram que mísseis e foguetes ucranianos teriam sido lançados contra a cidade de Belgorod e morreram 14 civis, incluindo duas crianças. Pelo menos 108 outras pessoas, incluindo 15 crianças, ficaram feridas.
Para o secretário-geral assistente, à medida que a guerra continuar o mundo verá mais civis ucranianos e russos mortos e feridos. Ele lembrou que tal como foi já foi alertando, a última série de ataques é “um lembrete nítido e vívido dos perigos muito reais de uma maior escalada e repercussão da guerra”.
Em nome da ONU, Mohamed Khaled Khiari reiterou os apelos do secretário-geral pela diminuição das tensões e pelo fim dos ataques a civis, centros populacionais, áreas residenciais, infraestruturas da população e energéticas.
Ele condenou de forma inequívoca todos os ataques a cidades, vilas e aldeias, na Ucrânia e na Rússia, e lembrou que determinar alvos civis e infraestruturas da população violava o direito humanitário internacional, são inaceitáveis e devem acabar de imediato.
Para as Nações Unidas, a proteção dos civis deve ser a principal prioridade e os combates e o derramamento de sangue devem cessar agora.