Neste 30 de novembro, as Nações Unidas marcam o Dia em Memória de Todas as Vítimas de Guerra Química. Em mensagem para a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que é uma ocasião solene para homenagear os mortos ou feridos por essas armas.
Ele lembra que este ano marca uma década desde o ataque com armas químicas no distrito de Ghouta, em Damasco, Síria. O ato resultou em inúmeras vítimas civis, incluindo muitas crianças.
Eliminação das armas químicas
Guterres afirma que, além do incidente na Síria, a data também deve lembrar outros episódios, como os do Reino Unido e Malásia. Ele adiciona que o dia ainda deve ser para reforçar a “determinação para acabar com o uso dessas armas repugnantes, de uma vez por todas”.
O secretário-geral da ONU explica que erradicar o armamento significa cumprir o apelo da Convenção sobre Armas Químicas para prevenir seu uso e acabar com a impunidade daqueles que as usam, especialmente contra civis.
Ele faz um pedido para que, em nome e memória de todos que sofreram, as armas químicas sejam eliminadas da história.
Contexto
Um marco dos esforços para alcançar o desarmamento químico foi a conclusão da Convenção sobre Armas Químicas, em 1993, após mais de um século de diálogo. O tipo de armamento foi usado em larga escala durante a Primeira Guerra Mundial, resultando em mais de 100 mil mortes e 1 milhão de feridos.
No entanto, as armas químicas não foram utilizadas nos campos de batalha na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.
Após o conflito, e com o início do debate nuclear, vários países gradualmente perceberam que o valor marginal de ter armas químicas em seus arsenais era limitado, enquanto a ameaça representada pela disponibilidade e proliferação impulsionava a busca de uma proibição abrangente.
A Convenção sobre Armas Químicas entrou em vigor em 29 de abril de 1997. O tratado determina “em nome de toda a humanidade, excluir completamente a possibilidade de uso de armas químicas.”