As Nações Unidas ressaltam o lema “O papel da educação na proteção e capacitação dos jovens para um futuro livre de desastres” para marcar neste 13 de outubro o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres.
A mensagem do secretário-geral, António Guterres, enfatiza que as novas gerações devem ser equipadas com as habilidades e o conhecimento para moldar um futuro mais ecológico, mais limpo e mais resiliente ao clima.
Estratégias para expandir a consciência
Falando recentemente à ONU News sobre eventos extremos, de Lisboa, a climatologista portuguesa Vanda Cabrinha defendeu estratégias para expandir a consciência dos mais novos visando aumentar a resiliência à mudança climática.
“Muitas crianças nos adolescentes, pelo menos as que eu vejo em Portugal, já estão em alerta para esta questão das alterações climáticas, mas ainda não percebem o que é que está por trás e os impactos verdadeiros que isto pode trazer no futuro na vida deles. Portanto, eu acho que há aquilo um papel muito grande de mostrar, experienciar e de eles perceberem o que é que se pode fazer e como as coisas irão evoluir em termos futuros, para quando lá chegarem poderem eles próprios atuar e saberem reagir perante esta questão.”
A ONU estima que atualmente os jovens sejam 2 bilhões da população global, a maioria vivendo em regiões sofrendo o impacto significativo de catástrofes relacionadas ao clima.
Qualidade de Sistemas de Alerta Precoce Multirriscos
A grande parte deles está em Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento onde se estima que o nível de Sistemas de Alerta Precoce Multirriscos é muito baixo. A eficácia destes mecanismos é de apenas 44% nas economias menos desenvolvidas e 38% nos estados-ilha em desenvolvimento.
Entre 2015 e 2022, as perdas causadas pelos desastres estiveram em torno de US$ 131 bilhões por ano. Para as nações menos avançadas, a carga financeira é 7,5 vezes maior do que a média global.
Para Organização Meteorológica Mundial, OMM, é essencial priorizar o envolvimento dos jovens na criação e implementação de sistemas alerta robustos para que o grupo não sinta o maior peso dos efeitos das mudanças do clima.
A agência crê que implementando a medida estaria “aberto o caminho para um futuro sustentável e resiliente”.
Crianças em idade escolar
Em todo o mundo, as celebrações da data convocam os países a aproveitar o setor educacional para reduzir os riscos de desastres enfrentados por crianças em idade escolar, especialmente investindo em duas áreas principais.
A primeira recomendação é que o grupo tenha prioridade protegendo escolas e instalações educacionais que garantam que estes centros sejam resilientes a desastres e façam parte de sistemas de alerta precoce de desastres.
Outras medidas incluem realizar sessões de treinamento sobre segurança para que os mais jovens entendam e atuem sobre riscos que enfrentam e preparar estudantes para atuar de forma ágil em resposta aos alertas precoces.