Neste 27 de dezembro, a ONU marca o Dia Internacional de Preparação para Epidemias reforçando que o mundo se deve preparar e agir com base nas lições aprendidas com a Covid-19.
Em mensagem para a data, o secretário-geral lembra que embora a contaminação pelo coronavírus não seja mais a emergência de saúde pública internacional, seus efeitos persistem.
Danos da Covid-19
António Guterres cita o dano econômico infligido pela pandemia, o impacto nos sistemas de saúde e as milhões de crianças que estão ameaçadas por doenças após não receberem vacinação infantil rotineira.
Ele ainda destaca que três anos após o desenvolvimento das primeiras vacinas para Covid-19, bilhões de pessoas permanecem desprotegidas. Assim, o chefe da ONU afirma que “quando a próxima pandemia chegar, precisamos fazer melhor”, ressaltando que “ainda não estamos preparados”.
O secretário-geral afirma que, em conjunto, o mundo deve aprimorar a vigilância de vírus, fortalecer os sistemas de saúde e tornar a promessa da Cobertura Universal de Saúde uma realidade.
Acesso a saúde
Ele rejeitou a prática de alguns países ricos que “estocam e controlam suprimentos de saúde pandêmica”, dificultando acesso a diagnósticos, tratamentos e vacinas. Para Guterres, é preciso fortalecer a autoridade e o financiamento da Organização Mundial da Saúde.
O chefe da ONU avalia que os esforços estão progredindo. Ele lembra que a Reunião de Alto Nível sobre Prevenção, Preparação e Resposta a Pandemias em setembro concordou com uma robusta declaração política, complementando as negociações sobre um acordo pandêmico em Genebra.
No Dia Internacional de Preparação para Epidemias, o secretário-geral pede que os países aproveitem para avançar para um acordo forte e abrangente, focado na equidade, até a Assembleia Mundial da Saúde do próximo ano, em maio.
Guterres pede união para que os Estados atuem “com base nas lições da Covid-19” na preparação e construção de um mundo mais justo e saudável para todos.