Neste 11 de julho, a ONU celebra o primeiro Dia Internacional de Reflexão e Memória do Genocídio de Srebrenica, marcando 29 anos desde a tragédia.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou o fracasso da comunidade internacional e da organização em proteger mais de 8 mil muçulmanos bósnios que foram sistematicamente assassinados e enterrados em valas comuns. Este foi o pior ato de atrocidade na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Combate ao negacionismo
Em seu discurso, Guterres honrou a memória das vítimas e expressou solidariedade aos sobreviventes e às famílias daqueles que foram mortos.
Para ele, o negacionismo e o revisionismo devem ser combatidos e esforços para identificar cada vítima e responsabilizar cada perpetrador devem continuar. Guterres ainda enfatizou a necessidade de justiça e de lutar contra a intolerância e a divisão.
O secretário-geral também ressaltou a importância de aprender com essa tragédia indescritível e compartilhar as histórias e lições de Srebrenica.
Ele chamou a atenção para a consequência da inação diante do ódio, insistindo que a memória de Srebrenica deve fortalecer a determinação global em construir um mundo livre do flagelo do genocídio, onde a justiça e a paz prevaleçam.
Compreensão mútua
Guterres destacou a importância de promover a compreensão mútua e a reconciliação, afirmando que este genocídio serve como um testemunho sombrio da necessidade de ação imediata e decisiva contra o ódio e a intolerância.
Ele lembrou que “nunca mais” deve ser uma promessa solene cumprida para toda a humanidade.
A ONU continua apoiando os esforços das famílias das vítimas em sua busca incessante por verdade e justiça.