O mais recente sucesso da NetFlix e indicado ao Oscar, o filme A Sociedade da Neve retrata a dramática história de um time de rugby, sobreviventes do voo 571 da Força Aérea Uruguaia que, em 1972, caiu enquanto sobrevoava a região da Cordilheira dos Andes.
O acidente levou os passageiros a recorrer a um último recurso para sobreviver – o canibalismo.
Dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona (O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder), a produção aborda os desafios enfrentados pelos passageiros. Das 45 pessoas que viajavam no avião, 29 sobreviveram à queda. Ao fim de 72 dias, apenas 16 foram encontrados. Atualmente, 14 estão vivos.
A ‘sociedade da neve’
A maioria dos sobreviventes tinha por volta de 20 anos na época, e hoje está na casa dos 70 anos.
Depois de retornarem às suas vidas cotidianas, os rapazes terminaram seus estudos universitários, formaram suas famílias e se dividiram entre os que rapidamente falavam sobre o acidente, atuando como porta-vozes do “milagre dos Andes”, e os que demoraram algumas décadas para contar a experiência.
Nesse intervalo, vários membros do grupo publicaram livros sobre o caso e se tornaram palestrantes motivacionais, compartilhando as lições de resiliência aprendidas com a experiência. até hoje, os homens costumam se reunir em memória dos colegas mortos.
Os sobreviventes
Principal figura da tragédia, Fernando Parrado perdeu a mãe e a irmã no acidente. Ele investiu na carreira automobilística e chegou a disputar no Campeonato Europeu de Carros de Turismo. Atualmente, Parrado é apresentador e produtor de TV e ficou famoso por discursos motivacionais.
Outro sobrevivente conhecido é Roberto Canessa, que foi jogador da seleção uruguaia de rugby. Hoje, ele é cardiologista infantil, sendo respeitado e premiado na área, além de professor acadêmico.
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Assim como Canessa, Gustavo Zerbino também jogou na seleção nacional de rugby e, mais tarde, chegou a presidir a União de Rugby do Uruguai. Posteriormente, foi diretor de uma empresa química e esteve à frente de órgãos do setor farmacêutico. Já Antonio Vizintin tornou-se empresário na indústria de produtos químicos, além de palestrante.
Carlos Páez Rodríguez trabalhou como técnico agrônomo, antes de seguir no ramo da publicidade. Ele chegou a enfrentar o vício em álcool e drogas, desafio que qualificou como tão difícil quanto sobreviver nos Andes. Roberto François acabou se dedicando à agropecuária em seu rancho.
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Alfredo Delgado é advogado, e Roy Harley é engenheiro industrial, enquanto Eduardo Strauch é arquiteto e pintor.
Adolfo, primo de Eduardo, atua como fazendeiro de gado, e Daniel Fernández, outro primo, é formado em agronomia e seguiu carreira em uma companhia de informática e tecnologia.
José Pedro Algorta vive na Argentina e atua como diretor em uma fábrica de bebidas, enquanto Álvaro Mangino chegou a morar no Brasil e é membro do conselho da equipe Old Christians Rugby, time em que os então rapazes jogavam na ocasião do acidente.
Ramón Sabella, que acompanhava o amigo Rafael Echavarren, morto no acidente aéreo, tornou-se palestrante e empresário.Ramón Sabella, que acompanhava o amigo Rafael Echavarren, morto no acidente aéreo, tornou-se palestrante e empresário.
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