Messi, 35, completou seu ciclo em Paris.
Nesta semana, soube-se que o sete vezes eleito melhor futebolista do mundo não renovará com o Paris Saint-Germain o contrato de dois anos que expira no fim deste mês.
Isso já era cogitado faz algum tempo, e passou-se então a especular, caso Messi decidisse mesmo deixar a capital da França, o próximo destino do craque argentino.
Proposta bastante divulgada ele só teve do futebol árabe. Veio do Al-Hilal, da Arábia Saudita. O clube de Riad, a capital e maior cidade do país, ofereceu um contrato de US$ 438 milhões (quase R$ 2 bilhões) por ano a Messi.
O valor é astronômico. Para se mudar para a moderna cidade saudita, centro financeiro da nação e possuidora de uma arquitetura futurística, Messi receberia mais de dez vezes o que recebeu (R$ 186 milhões anuais) no PSG.
É dinheiro em abundância. Porém, como Messi já ganhou na vida muito dinheiro, não seria (ou não deveria ser) o fator preponderante na decisão do atleta, cuja carreira durará, em cenário otimista, mais quatro ou cinco anos.
Eu não acompanho o Campeonato Saudita. Mas um dos porteiros do prédio onde moro, fanático por futebol (nacional e internacional), acompanha.
Passou a fazê-lo depois que o português Cristiano Ronaldo (cinco vezes o melhor do mundo), por muito tempo rival de Messi na Espanha (quando defendeu o Real Madrid), foi jogar no Al-Nassr.
“Luís, o nível lá é muito ruim”, afirmou para mim mais de uma vez o corintiano Petrônio, sempre fazendo cara de ser um tormento assistir às partidas da competição.
Cristiano Ronaldo é mais velho que Messi, está com 38 anos. Pode muito bem jogar mais uma ou duas temporadas na Arábia e depois rumar para Portugal, a fim de encerrar, se quiser, a carreira no Sporting, seu primeiro clube profissional.
Messi tem mais lenha para queimar do que o CR7. Fala-se que ele pode (e quer) regressar para Barcelona, onde viveu por mais de 20 anos (2000 a 2021), defendendo a principal equipe da cidade, que não fez força para que ele permanecesse lá –acabou mudando-se para Paris.
O treinador do Barça, o ex-meia Xavi Hernández, foi companheiro de Messi no time até 2015 e anima-se com a possibilidade do retorno, em uma reconciliação entre o atacante e o clube.
“Ele tem toda a confiança da comissão técnica. Meu aval é de 100% para que ele venha”, declarou Xavi ao jornal catalão “Mundo Deportivo”.
Messi não deve ter empecilhos da esposa, Antonella, que certamente gostaria de voltar a viver na Espanha com o marido e os três filhos. O ambiente ajuda, o idioma ajuda. Não há aparente contraindicação familiar.
O problema, no caso do Barcelona, é de ordem contábil.
Messi é um jogador caro, e o clube está com dificuldades para se enquadrar nas regras do FFP (fair play financeiro) estabelecidas pela Uefa, a entidade que comanda o futebol na Europa. Resumidamente, cada clube não pode gastar mais do que arrecada, e o Barça encontra-se endividado.
Nesse cenário, a direção do clube tenta se apressar em dar um equilíbrio às contas, desfazendo-se de alguns jogadores, para abrir margem para encaixar Messi.
Outro time interessado no capitão da Argentina campeã mundial em 2022 é o Inter Miami, que tem como um dos donos o ex-jogador inglês David Beckham e hoje ocupa a última posição de sua conferência na MLS (Major League Soccer).
De acordo com notícia recente publicada pelo Sport (Espanha) e por outros veículos esportivos, a equipe dos EUA ofereceu a Messi um contrato de 50 milhões de euros (R$ 266 milhões) anuais, pelo período de quatro anos.
O mercado norte-americano de futebol não tem o poder financeiro do oferecido pelo Oriente Médio, porém a qualidade dos jogos é superior, mesmo que ainda longe das principais ligas de Europa e América do Sul.
Se optar pelos EUA, Messi, que tem casa em Miami, se tornaria “a cara” do futebol no país, que tem muito interesse em ampliar as atenções para o “soccer” às vésperas da Copa do Mundo de 2026, a qual organizará em conjunto com Canadá e México. Messi seria um tremendo garoto-propaganda.
Existe também a possibilidade, segundo o L’Équipe (França), de Messi, acertando com o Inter Miami, ser emprestado por uma temporada ao Barcelona.
Essa situação seria do agrado de Messi, que gostaria de, além de viver um período na Espanha, atuar em um campeonato mais forte pelo menos até a Copa América de 2024, que será em junho e julho do ano que vem, nos EUA.
Depois disso, se mudaria para os Estados Unidos a fim de curtir o sol e o glamour da principal cidade da Flórida –além de ser aclamado jogo a jogo por um público que adora um superídolo.
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