Acostumado sempre à parte de cima da tabela e à disputa frequente por títulos, seja no Barcelona (de 2004 a 2021), seja no Paris Saint-Germain (de 2021 a 2023), seja com a seleção da Argentina (desde 2005), Lionel Messi desembarcou nos EUA em uma situação inédita em sua carreira profissional.
O Inter Miami, clube que o craque defenderá pelos próximos dois anos e meio, tem se mostrado uma tragédia no campeonato local.
Passada mais da metade da MLS (Major League Soccer), com 21 jogos realizados, a equipe que tem como sócio o ex-astro inglês David Beckham ocupa a 15ª e última posição entre os times da Conferência Leste.
O Inter Miami soma cinco vitórias, três empates e 13 derrotas e não sabe o que é ganhar na liga que reúne 27 participantes dos EUA e três do Canadá desde o dia 13 de maio, quando superou por 2 a 1 o New England.
A partir dali, o time disputou dez confrontos na MLS, com sete derrotas (seguidas) e três empates (nas três partidas mais recentes), todos obtidos desde que Gerardo “Tata” Martino, compatriota de Messi, assumiu como treinador.
Neste sábado (15), como visitante diante do St. Louis, o Inter Miami tentará interromper sua pior sequência, com folga, desde que estreou na principal liga norte-americana, em 2020 –o time existe há apenas cinco anos.
E tentará fazê-lo ainda sem Messi, que deve estrear daqui a uma semana, na Copa das Ligas, competição que dura um mês com as equipes da MLS e do Campeonato Mexicano.
O primeiro adversário será o Cruz Azul, e na sequência o oponente é o Atlanta. As duas partidas acontecerão em Fort Lauderdale (Flórida), no estádio DNV PRK, que é a casa do Inter Miami e pode receber 18 mil torcedores.
Se quiser levar seu novo time ao topo, Messi, que foi eleito sete vezes o melhor do mundo pela Fifa, deverá focar prioritariamente esse torneio e a Copa US Open, que é a equivalente nos EUA à Copa do Brasil.
O Inter Miami está nas semifinais da Copa US Open, depois de eliminar, pela ordem, o Miami FC, o Charleston, o Nashville e o Birmingham. Duelará pela vaga na decisão com o Cincinnati, líder da Conferência Leste da MLS, com 48 pontos (30 a mais que a nova equipe de Messi).
Na MLS, matematicamente é possível o Inter Miami chegar ao título, já que a equipe está a 11 pontos da zona de classificação para os playoffs.
Porém não será tarefa fácil, a não ser que a chegada de Messi seja capaz de causar uma reviravolta tão grande a ponto de uma equipe desajustada e sem perspectiva na MLS nesta temporada passar a apresentar um futebol convincente e vencedor, de forma duradoura, num piscar de olhos.
Algo improvável de ocorrer mesmo com a presença do capitão da atual campeã da Copa do Mundo, que, mesmo ainda jogando muito, com 36 anos não terá o mesmo fôlego de outrora.
Na cruzada para fazer o Inter Miami subir na tabela, o camisa 10 terá a ajuda de dois ex-companheiros de Barcelona, veteranos como ele, o volante Busquets e o lateral esquerdo Jordi Alba, ambos espanhóis e com 34 anos.
Os brasileiros da equipe, entretanto, não estarão ao lado de Messi no começo da saga dele nos EUA. Os meio-campistas Jean Mota (ex-Santos) e Gregore (ex-Bahia) recuperam-se de lesões no joelho e no pé, respectivamente.
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