No Dia para Eliminação da Discriminação Racial, ONU reforça importância de investir em mulheres negras – EERBONUS
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No Dia para Eliminação da Discriminação Racial, ONU reforça importância de investir em mulheres negras

No Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial, neste 21 de março, a ONU defende investimento em mulheres negras como caminho para o progresso. 

Com a campanha “Investir nas Mulheres: Acelerar o Progresso”, as Nações Unidas chamam a atenção para um dos principais desafios para a igualdade de gênero: a falta de financiamento. 

Enfrentamento do racismo e desigualdade

Além disso, a iniciativa destaca a urgência de direcionar investimentos como estratégia para enfrentar o racismo e a desigualdade, além de acelerar o progresso do país.

Em dia internacional, ONU reforça importância de investir em mulheres negras

O enfoque da campanha intensifica o apelo do Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial e demarca a urgência de combater o racismo e a discriminação racial, 75 anos após a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Em mensagem para a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforça que é necessário que governos avancem com políticas e outras medidas para eliminar o racismo. Além disso, o líder das Nações Unidas adiciona que as empresas de tecnologia devem abordar o preconceito racial também na inteligência artificial.

Mulheres negras são mais afetadas pela pobreza

No Brasil, a prevalência da violência contra a população negra ainda é uma constante. O assassinato de pessoas negras, juntamente com a alta incidência de violência sexual e feminicídio contra mulheres e meninas negras, persiste em níveis altos, deixando um rastro de dor e injustiça.

Além disso, as operações policiais em favelas e periferias urbanas resultam no fechamento de creches, escolas, hospitais e clínicas, entre outros serviços essenciais.

“Mulheres negras são mais afetadas pela pobreza, discriminação e violência. Investir nelas é avançar no desenvolvimento do Brasil sem deixar ninguém para trás”, lembra a chefe das Nações Unidas no Brasil, Silvia Rucks.

No Brasil, 92% das pessoas que compõem a força de trabalho doméstica são mulheres, das quais 65% negras. Com a interrupção dos serviços, esse grupo, muitas vezes responsável pelo cuidado de crianças e idosos, encontra-se em maior risco de desemprego, discriminação e dificuldades para prover sustento às suas famílias.

Silvia Rucks destaca que a multiplicidade dos desafios enfrentados pelas mulheres e meninas negras demanda uma resposta integral e interseccional na promoção da igualdade de gênero e raça, sendo a ampliação de investimentos uma questão urgente.

Tal abordagem visa a conscientização e ação em um período crucial, conectando as lutas contemporâneas às raízes dos problemas que afetam a população negra no Brasil e no mundo.

*Com reportagem da ONU Brasil

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