Após uma noite de protestos maciços em diversas partes de Israel contra o governo, o primeiro-ministro do Estado judeu, Binyamin Netanyahu, fez um pronunciamento neste domingo (31) no qual defendeu a continuidade da guerra na Faixa de Gaza, disse estar comprometido com o retorno dos reféns e afirmou que nada vai impedir a invasão de Rafah, último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos.
Os maiores atos do país desde que o Hamas invadiu Israel e matou cerca de 1.200 pessoas, iniciando a guerra, reuniram dezenas de milhares de pessoas em Tel Aviv e pediram o retorno das pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista durante o atentado.
Para Bibi, como o político é conhecido, quem coloca em xeque os esforços do governo para libertar os réfens “está enganado e está fazendo com que outros se enganem”. Aqueles que “conhecem a verdade e ainda repetem esta mentira causam uma agonia desnecessária às famílias dos reféns”, afirma ele.
“Como primeiro-ministro de Israel, estou fazendo tudo e farei tudo para trazer nossos entes queridos para casa”, diz ele, para quem a melhor forma de resgatar os sequestrados é por meio de uma combinação de pressão militar e negociações. “Seus entes queridos são nossos entes queridos.”
Netanyahu aproveitou para se proteger politicamente ao afirmar que chamar eleições agora, como pedem alguns manifestantes, estagnaria o país por oito meses. “Isso paralisaria as negociações para a libertação dos nossos reféns e poria fim à guerra antes que seus objetivos fossem alcançados”, afirma ele. “O primeiro a celebrar isso seria o Hamas.”
“Estou comprometido a trazer todos os reféns para casa, homens e mulheres, civis e soldados, vivos e aqueles que foram mortos. Não deixaremos ninguém para trás. E, com a ajuda de Deus, vamos conseguir juntos. Vamos vencer”, afirmou o primeiro-ministro durante sua fala.