A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, disse estar em contato com a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão, NRA, na sequência do terremoto de 7,6 na escala Richter que aconteceu nesta segunda-feira na província de Ishikawa.
A agência da ONU explicou que a NRA não confirma nenhuma anormalidade nas usinas nucleares na área afetada e declara que continuará monitorando a situação.
“Corrida contra o tempo”
Estima-se que 48 pessoas morreram devido ao incidente. Agências de notícias informaram que o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, alertou que as equipes de resgate enfrentam uma “corrida contra o tempo” para socorrer os sobreviventes, alguns dos quais podem estar sob os escombros.
Centenas de edifícios foram destruídos devido ao sismo e aos incêndios subsequentes. Entre as dezenas de réplicas destaca-se uma que chegou a 4,9 na escala Richter.
O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, disse que o povo do Japão está sempre pronto para ajudar os necessitados em todo o mundo e que “agora é o momento de apoiá-lo”.
Em nome da agência, Filippo Grandi expressou solidariedade às famílias afetadas que lamentam a perda de seus integrantes e às equipes de resgate procurando sobreviventes em meio aos destroços.
Ordens de evacuação
Entre as medidas das autoridades contam-se a suspensão da operação da maioria dos serviços ferroviários, ferries e voos para a Península de Noto, a área mais afetada pelo terremoto.
Para a região que sofreu o maior impacto do desastre, as autoridades locais destacaram mil membros das Forças de Autodefesa do Japão e colocaram cerca de 8,5 mil de prontidão. A avaliação preliminar envolve cerca de 20 aeronaves.
De acordo com a Agência Meteorológica do Japão todos os avisos de tsunami emitidos após o grande terremoto foram suspensos.
Enquanto decorre a avaliação do impacto do desastre, calcula-se que mais de 51 mil pessoas foram alcançadas por ordens de evacuação. Pelo menos mil foram abrigados na base da Força Aérea de Autodefesa do Japão na cidade de Wajima.