Neste 30 de março, as Nações Unidas marcam o Dia do Resíduo Zero destacando a importância de reforçar a gestão global de desperdícios e da promoção da sustentabilidade nos padrões de consumo e de produção.
A organização defende que a data, celebrada pela segunda vez, seja marcada por um compromisso internacional pelo fim do ciclo destrutivo dos resíduos.
Produção de mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos ao ano
O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, ressalta que sem medidas urgentes, a produção anual de resíduos sólidos urbanos atingirá 3,8 bilhões de toneladas até 2050. A agência atua com o Programa de Assentamentos Humanos, ONU-Habitat, incentivando os países a implementar iniciativas nesse rumo em vários níveis.
Em vídeo para marcar a data, o secretário-geral da ONU disse que o planeta está se afogando numa enxurrada de lixo, com a produção anual de mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos.
António Guterres lista alimentos podres, garrafas plásticas, aparelhos eletrônicos com componentes químicos e muito outros materiais jogados fora sem considerar a água, terra e ar. Ele destaca que à medida que o lixo se decompõe, expele gases de efeito estufa que aquecem o planeta na atmosfera, envenenam a água e os solos e provocam doenças e até a mortes em todo o mundo.
A mensagem do chefe das Nações Unidas destaca ainda os prejuízos do consumo excessivo, uma questão que carecendo de uma “intervenção da humanidade”.
Tornar o resíduo zero uma realidade
A resolução da Assembleia Geral que instituiu o Dia Internacional de Zero Resíduos criou o Conselho Consultivo sobre Resíduo Zero. Guterres disse que o grupo se reúne com parceiros sobre essa questão crítica e o que é preciso fazer para tornar o resíduo zero uma realidade.
O secretário-geral cita iniciativas a ser tomadas por empresas que devem “repensar os seus produtos” para minimizar o desperdício de embalagens, além de maximizar sua longevidade e ciclo de vida.
Para os consumidores, a recomendação é que reflitam antes de comprar bens e produtos e façam a reciclagem ou reutilizem sempre que possível.
Economias circulares
O chefe da ONU pede ainda que governos, em todos os níveis, consolidem economias circulares. A meta é abordar a redução e a gestão de recursos e investir em programas modernos de gestão de resíduos apoiados na reutilização, reprodução, recuperação e prevenção da produção de resíduos.
Já para a comunidade global, a sugestão é que siga em união e atuando para que seja alcançado um tratado juridicamente vinculativo pelo fim da poluição plástica.
Pela data, as Nações Unidas incentivam os Estados-membros, organizações do Sistema das Nações Unidas e partes interessadas a promover uma boa gestão de resíduos, minimizar e prevenir a produção de desperdício.