O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, disse na noite de sexta-feira que conversou com a diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, sobre os planos para ajustar a política fiscal e o programa monetário do país.
“O Fundo mostrou-se colaborativo na busca das soluções estruturais de que a Argentina precisa”, disse Milei na rede social X.
Georgieva afirmou mais tarde que os dois discutiram os “desafios significativos que temos pela frente” para a economia argentina e as ações políticas “decisivas” necessárias.
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O país enfrenta atualmente uma inflação próxima dos 150%, uma recessão iminente e reservas líquidas estimadas em 10 bilhões de dólares negativos. A Argentina está vinculada a um programa de empréstimos de 44 bilhões de dólares do FMI que se desviou do caminho.
“O FMI está empenhado em apoiar os esforços para reduzir de forma duradoura a inflação, melhorar as finanças públicas e aumentar o crescimento liderado pelo setor privado”, disse Georgieva no X.
O que é o FMI
O Fundo Monetário Internacional foi criado em 1944. A organização tem o objetivo de ajudar as finanças e direcionar as políticas econômicas dos países ao redor do mundo.
Ele é sediado nos Estados Unidos, que também é quem indica o economista-chefe do fundo. Assim, os empréstimos que o FMI concede às nações são acompanhados de sugestões, que normalmente têm uma linha liberal, como privatizações e ajustes fiscais.
Nos anos 1990, o Brasil ficou devendo para o FMI, assim como acontece hoje com a Argentina. Foram necessárias rodadas de negociação, o que Javier Milei terá de fazer ao assumir a presidência no país vizinho.
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