Empurrões, bloqueios de ruas e gás lacrimogêneo marcaram os protestos de militantes de esquerda e sindicalistas contra o conjunto de medidas do presidente da Argentina, Javier Milei, nesta quarta-feira, 31.
O projeto, a chamada “Lei Ônibus”, deve ser votada ainda esta noite na Câmara dos Deputados da Argentina. Em frente ao Parlamento, manifestantes protestaram contra o conjunto de medidas e entraram em confronto com a polícia.
Baderna de manifestantes da esquerda contra “Lei Ônibus” de Milei
O Ministério da Segurança havia avisado dias antes que utilizaria a operação antipiquetes. A polícia prendeu três manifestantes, um deles, um cidadão chileno de 30 anos, foi detido por desacato à autoridade e por ferir dois agentes da prefeitura de Buenos Aires.
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Devido ao bloqueio de algumas vias importantes da capital argentina como as avenidas Entre Ríos e Rivadavia, o trânsito ficou interrompido, inclusive no horário de pico.
A polícia dispersou alguns manifestantes com spray de pimentas para liberar as ruas.
Megaprojeto
O governo de Milei tenta garantir votos suficientes para conseguir aprovar o conjunto de medidas. Porém, a oposição pretende barrar a “Lei Ônibus”.
O megaprojeto, que regula desde a política econômica à privatização de estatais, é um dos pilares da reforma do governo para enfrentar a pior crise econômica da Argentina em décadas, com uma inflação superior a 200%.
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Este é o primeiro grande teste para Milei desde que assumiu o cargo em dezembro de 2023.
A aprovação do projeto de lei é um grande desafio, já que a coalizão partidária do presidente é minoria na Câmara e no Senado.
O governo retirou um capítulo fiscal do megaprojeto na semana passada para aumentar o apoio no Congresso.
Se a “lei ônibus” for aprovada na Câmara dos Deputados, ela será encaminhada na próxima semana para o Senado.
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